MERCADO AGORA: Veja um sumário dos negócios até o momento

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São Paulo – O Ibovespa mostra dificuldades de definir uma direção e oscila entre leves quedas e altas desde a abertura do pregão, com mercados acionários perdendo força depois de indicadores norte-americanos e após um rali amparado em avanços de vacinas contra o coronavírus e da transição do governo norte-americano.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava queda de 0,06%, aos 109.719,69 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 15,0 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em dezembro de 2020 apresentava recuo de 0,40%, aos 109.750 pontos.

Algumas ações que subiram ontem recuam e investidores aproveitam para embolsar lucros, mas, por outro lado, analistas têm afirmado que os investidores estrangeiros estão voltando com mais força ao Brasil. O volume de negócios também tende a cair com o feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos amanhã, quando Wall Street estará fechada.

“Podemos ver uma realização de lucros natural hoje depois de um início de semana tão forte. Os dados dos Estados Unidos vieram mistos e investidores devem aguardar dias de menor liquidez por conta do feriado de Ação de Graças amanhã. Hoje à tarde já deve perder força”, disse o analista da Terra Investimentos, Régis Chinchila.

Ontem, as principais Bolsas no exterior tiveram fortes altas, com alguns índices batendo recordes. Já hoje, também mostram uma pausa no rali recente.

Ainda no exterior, foram divulgados uma série de indicadores nos Estados Unidos, como os pedidos de seguro-desemprego, que vieram piores do que o esperado pelo mercado. Já o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre veio em linha com a leitura anterior.

Entre as ações, os papéis de bancos, e da Petrobras (PETR4 -1,37%), que subiam ontem e têm grande peso no Ibovespa, recuam. Entre as maiores perdas do Ibovespa estão os papéis do Bradesco (BBDC3 -2,04%; BBDC4 -1,48%), Embraer (EMBR3 -2,02%) e da Cogna (COGN3 -1,79%).

Após oscilar sem direção única na abertura dos negócios, o dólar comercial firma queda frente ao real e amplia as perdas, renovando mínimas sucessivas a R$ 5,31, em meio ao fluxo local e com investidores digerindo os resultados da “bateria” de indicadores dos Estados Unidos divulgados antes do feriado de ação de graças, amanhã.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava queda de 0,65%, sendo negociado a R$ 5,3420 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em dezembro de 2020 apresentava recuo de 0,60%, cotado a R$ 5,341.

Para o diretor superintendente de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik, quem “está comandando o jogo” no mercado doméstico é fluxo que, desde ontem, tem tido entrada de recursos com destino, possivelmente, para a bolsa brasileira, a B3, no qual o índice Ibovespa opera próximo ao nível de 110 mil pontos, apesar de operar em queda.

“O fluxo de recursos [estrangeiros] permanece positivo. Apesar do risco fiscal, as ações brasileiras estão descontadas em relação a seus pares internacionais, o que atrai o interesse dos investidores do exterior”, acrescenta o estrategista-chefe da Levante, Rafael Bevilacqua. No mês até o dia 23, houve entrada líquida de R$ 26,7 bilhões na B3.

Na agenda de indicadores, saiu a segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos com crescimento de 33,1% no terceiro trimestre na comparação com o mesmo trimestre de 2019. O dado veio em linha com as previsões dos analistas. No segundo trimestre, o PIB teve um tombou de 31,4% em base anual.

As taxas dos contratos de juros futuros (DIs) seguem em baixa, acompanhando o sinal negativo exibido pelo dólar, mas têm oscilações estreitas, rondando os níveis anteriores dos ajustes. A véspera de feriado nos Estados Unidos e a ausência de novidades na cena política local sobre a questão fiscal reduzem o ritmo dos negócios.

Às 13h30, o DI para janeiro de 2022 tinha taxa de 3,36%, de 3,41% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 5,12%, de 5,23% após o ajuste ontem; o DI para janeiro de 2025 estava em 6,93%, de 7,00%; e o DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 7,68%, de 7,76%, na mesma comparação.