Radar do Dia: Investidores se animam com pacote de estímulos nos EUA

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São Paulo – O avanço das negociações de um pacote de estímulo nos Estados Unidos, os rumores de que Reino Unido e União Europeia estariam próximos de fechar um acordo comercial e o aumento menor que o esperado na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo formam o trio responsável pela alta nas bolsas internacionais nesta manhã.

Estes fatores mitigaram temporariamente a preocupação dos investidores com o crescimento nos casos de covid-19 e hospitalizações pela doença nos Estados Unidos. Também deixaram em segundo plano os receios com o impacto que a pandemia terá neste fim de ano sobre a economia europeia, onde foram retomadas medidas de restrição à atividade econômica.

No Brasil, O Senado Federal aprovou ontem a medida provisória (MP) que abre crédito extraordinário de R$ 1,995 bilhões para viabilizar a compra de tecnologia e produção para a vacina produzida em parceria entre a Fiocruz e o laboratório AstraZeneca. A matéria foi aprovada na quarta-feira pela Câmara dos Deputados e agora segue para promulgação.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que os juros baixos “vieram para ficar” e abriram as portas para um boom no setor da construção que deve durar de dez a quinze anos. “Não se via há décadas juros tão baixos nesse setor”, afirmou Guedes ao participar do Encontro Nacional da Indústria da Construção.

Na agenda do dia, os investidores ainda podem reagir hoje aos dados sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos, previstos para as 10h30. A previsão é de que mostrem a criação de 500 mil empregos em novembro.

No Brasil, o assunto do dia será o julgamento do STF sobre a possibilidade de reeleição dos presidentes da Câmara e do Senado. Qualquer posicionamento a favor da reeleição complicaria os planos do Planalto, que teria menos chance de eleger alguém mais alinhado a seus interesses na Câmara. Bons negócios.

Em âmbito corporativo, A Totvs informou a realização de transações de ações da companhia, com a compra de papéis por clientes da gestora BlackRock e a venda de ações pela administradora do Itaú Unibanco. Nenhuma delas visou alterar o controle acionário ou a estrutura administrativa da companhia, disse a Totvs, em comunicados enviados à CVM.

A Petrobras concluiu a fase de negociação com o Grupo Mubadala no âmbito do processo para desinvestimento da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia.

A Hypera Pharma celebrou acordo de investimento para aquisição de participação majoritária na Simple Organic Beauty (“Simple Organic”).

A Via Varejo informou que recebeu correspondência da BlackRock informando que a empresa aumentou sua participação acionária para 5% do capital social, totalizando agora 79,9 mil ações ordinárias.

A Capital Research Global Investor aumentou a participação em ações ordinárias de emissões da CCR para 202,2 milhões. A empresa agora passa a deter 10,01% do capital social da CCR.

A Notre Dame Intermédica também reportou uma aquisição pela BlackRock, que passou a ter participações, de forma agregada, de 30.791.073 ações ordinárias, correspondentes a 5,04% do total de ações ordinárias de emissão da companhia.

A Totvs informou transações de ações da companhia, com a compra de papéis por clientes da gestora BlackRock e a venda de ações pela administradora do Itaú Unibanco. Nenhuma delas visou alterar o controle acionário ou a estrutura administrativa da companhia, disse a Totvs, em comunicados enviados à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A demanda por voos da Gol caiu 43,8% em novembro na comparação com o mesmo mês do ano anterior e subiu 5% em relação a outubro, totalizando 1,904 milhão de passageiros por quilômetros transportados (RPK) – número de passageiros pagantes multiplicados pela distância de cada voo no mês.

O conselho de administração da BR Distribuidora acolheu recomendações do comitê de riscos e financeiro da companhia e aprovou a aquisição de 70% das quotas representativas do capital social da comercializadora de energia Targus, anunciada em 26 de novembro.

O Itaú Unibanco emitiu R$ 2,1 bilhões em letras financeiras subordinadas nível 2, em negociações privadas com investidores profissionais, com prazo de vencimento de nove e dez anos e opção de recompra a partir de 2025.