MERCADO AGORA: Veja um sumário negócios até o momento

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São Paulo – O Ibovespa segue em queda acentuada devido ao sentimento generalizado de aversão ao risco nos mercados financeiros internacionais, mas distanciou-se das mínimas da sessão, quando regressou à faixa dos 114 mil pontos, com investidores aproveitando os recuos mais acentuados de alguns ativos para irem às compras, devolvendo o índice a níveis ligeiramente positivos no acumulado do ano.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava queda de 1,89%, aos 115.792,19 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 14,0 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em fevereiro de 2021 apresentava recuo de 1,70%, aos 116.040 pontos.

Apesar disso, os prognósticos para o dia seguem negativos, com as bolsas europeias no vermelho e a abertura em queda dos principais índices de Nova York em meio ao avanço da pandemia pelos Estados Unidos e, principalmente, pela Europa, onde diversos países proibiram viagens oriundas do Reino Unido depois da detecção de uma nova cepa do novo coronavírus. No Brasil, a média móvel de casos de covid-19 vem batendo recordes.

“Acredito que ainda seja muito cedo para fazermos afirmações mais concretas em relação a essa descoberta em relação ao vírus, mas o impacto econômico de curto prazo está dado e será negativo”, avaliou Dan Kawa, sócio-diretor da TAG Investimentos.

Isto ocorre em um momento no qual o fluxo de notícias e indicadores diminui acentuadamente com a proximidade das festas de fim de ano. “Temos que ficar de olho no fluxo de investidores estrangeiros”, que segue em recuperação desde novembro, observou a equipe da Mirae Asset.

O dólar comercial segue em forte alta frente ao real, mas reduziu os ganhos e opera no nível ao redor de R$ 5,15, com 1,5% de alta, em linha com o exterior onde prevalece a aversão ao risco em meio aos receios com uma nova variante do novo coronavírus que se alastra pelo Reino Unido. Com isso, o mercado deixa de lado a aprovação de um pacote de US$ 900 bilhões para estímulo da economia norte-americana.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava alta de 1,04%, sendo negociado a R$ 5,1370 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em janeiro de 2021 apresentava avanço de 0,67%, cotado a R$ 5,135.

Para o gerente de mesa de câmbio da Correparti, Guilherme Esquelbek, investidores reagem com preocupações à variante do novo coronavírus que se espalha rapidamente pelo Reino Unido, o que levou as autoridades britânicas a decretarem novas medidas de restrição social.

“O temor gerado pelo novo desdobramento da covid-19 deixa de lado um acordo sobre um novo pacote fiscal de US$ 900,0 bilhões para lidar com os efeitos da pandemia da covid-19 na economia dos Estados Unidos”, comenta.

O estrategista-chefe da Levante, Rafael Bevilacqua, ressalta que a semana “prometia ser calma”, com os pregões desacelerando-se devido à aproximação dos feriados de fim de ano. Porém, começa agitada no qual, nem mesmo “a muito protelada aprovação” por republicanos e democratas do pacote de estímulo fiscal norte-americano, serviu para animar os investidores.

“É antes um movimento de correção, após as fortes altas das últimas semanas, do que uma reversão das tendências do mercado. Assim, o cenário negativo deverá ser de curta duração”, pondera o profissional da Levante.

As taxas dos contratos futuros de juros (DIs) perderam força de alta, mas mantiveram o viés acompanhando a valorização do dólar comercial frente ao real. A moeda norte-americana também recuou um pouco do avanço, mas a aversão ao risco global com o aumento de pandemia nos Estados Unidos e na Europa, principalmente no Reino Unido, onde voos oriundos do país estão suspensos.

Às 13h30, o DI para janeiro de 2022 tinha taxa de 2,980%, de 2,965% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 4,43%, de 4,405%; o DI para janeiro de 2025 estava em 5,97%, de 5,91%; e o DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 6,73%, de 6,70%, na mesma comparação.