Plano 2021-2025 da Eletrobras prevê R$ 41,1 bilhões em investimentos

869

São Paulo – O plano estratégico da Eletrobras para o período de 2021 a 2025 prevê R$ 41,1 bilhões em investimentos, com cerca de 37% deste valor destinado à construção da usina nuclear de Angra 3 e outros 23% voltados para a manutenção nas áreas de geração e de transmissão, segundo documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

De acordo com a Eletrobras, a construção de Angra 3 deve consumir R$ 15,3 bilhões no período. É o maior valor entre os investimentos previstos pela companhia. Serão R$ 2,8 bilhões no ano que vem, pouco menos de R$ 3,5 bilhões anuais entre 2022 e 2024 e R$ 2,3 bilhões em 2025.

A despesa com manutenção será a segunda maior entre os investimentos projetados pela Eletrobras, somando R$ 8,3 bilhões na área de geração – incluindo nesta cifra o aumento da vida útil de Angra 1 – e R$ 1,1 bilhão no setor de transmissão – o gasto atinge um pico de R$ 391,6 milhões em 2022 e cai gradualmente nos anos seguintes, até atingir R$ 76,1 milhões em 2025.

No período de 2021 a 2025, a Eletrobras investirá apenas R$ 2,5 bilhões para ampliar sua geração de energia se desconsiderada a construção de Angra 3. Neste caso, o pico dos investimentos será em 2022, de R$ 1,0 bilhão, com queda nos anos seguintes até atingir R$ 64,1 milhões em 2025.

Na área de transmissão, o investimento previsto na ampliação das linhas é de R$ 104,8 milhões, com todo o valor gasto em 2021. A empresa prevê também um investimento de R$ 569,1 milhões para o período de cinco anos em leilões de linhas de transmissão, mas a maior despesa nesta área será com o reforço e melhora de linhas já existentes – R$ 8,425 bilhões.

O plano estratégico da Eletrobras para o período de 2021 a 2025 prevê que a empresa busque “alternativas” de capitalização, embora priorize o plano do governo de injetar recursos na companhia por meio da venda de novas ações – algo que ainda precisa de autorização do Congresso.

Segundo o plano, uma das metas para a Eletrobras no período será “avaliar e implementar alternativas de capitalização”, embora a companhia destaque que isso deva ser feito “prioritariamente através da viabilização do projeto de lei de desestatização da Eletrobras número 5.877/2019”.

A Eletrobras também indicou que deve continuar ajustando suas participações em sociedades de propósito específico (SPE) nas áreas de geração e transmissão de energia – até o final do ano que vem a expectativa é de que haja modificações em 49 delas, segundo o documento.

Gustavo Nicoletta / Agência CMA (g.nicoletta@cma.com.br)

Copyright 2020 – Grupo CMA