São Paulo, 5 de janeiro de 2021 – O Banco Mundial elevou a previsão de crescimento do Brasil neste ano para 3,0%, ante projeção anterior de 2,2% divulgada em junho do ano passado. A estimativa para a contração da economia em 2020 diminuiu de 8,0% para 4,5%. Para 2022, a instituição divulgou que espera expansão de 2,5% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
“No Brasil, a melhora da confiança do consumidor e as condições de crédito benignas devem apoiar a recuperação do consumo privado e do investimento”, disse o Banco Mundial no relatório. “O setor de serviços vai se recuperar mais lentamente do que o industrial por causa da aversão ao risco remanescente entre os consumidores”, acrescentou.
A instituição disse que o crescimento corre o risco de ficar abaixo do esperado no Brasil e na América Latina caso os países fracassem em conter a disseminação da covid-19 e isso prejudique a atividade econômica, por tensões relacionadas ao financiamento da dívida pública, pelo ressurgimento de descontentamento popular, por prejuízos maiores que os previstos decorrentes da pandemia e em caso de desastres naturais e problemas causados pela mudança climática.
“A deterioração da confiança dos investidores é um risco grave às previsões. Embora o estímulo fiscal tenha sido necessário para amortecer o golpe da pandemia, o espaço fiscal foi em geral esgotado e a dívida do governo cresceu acentuadamente”, disse o Banco Mundial, acrescentando que a qualidade do crédito caiu na América Latina.
“A combinação de desigualdade de oportunidades, a piora da percepção sobre a eficácia do governo e o aumento da pobreza podem reacender a tensão social”, acrescentou.