Ação do Banco do Brasil cai quase 5% com possível demissão de presidente

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São Paulo – As ações do Banco do Brasil (BBAS3) fecharam o pregão em queda de 4,93%, a R$ 37,55, ficando entre as maiores baixas do Ibovespa, depois que uma reportagem da revista “Veja” apontou que o presidente do banco, André Brandão, deve deixar o cargo. Perto do fim da sessão, os papéis chegaram a cair mais de 5%, a R$ 37,24 na mínima do dia.

Segundo a revista, o anúncio do Banco do Brasil esta semana de que irá fechar mais de 300 agências no País e fará novos programas de demissão voluntária não teria agradado o presidente Jair Bolsonaro, que queria estar a par da questão.

A possível demissão foi mal vista pelo mercado, além disso, ocorreria em um período delicado para o governo, no momento em que o Planalto ajuda o chamado “centrão” na luta pelo comando da Câmara e do Senado.

Em comentário, a XP apontou uma visão negativa sobre a possível demissão, devido à sinalização positiva da gestão de Brandão para o mercado de que seu mandato seria voltado para o ganho de eficiência, por meio de uma reestruturação organizacional, além da interpretação de que isso pode ser visto como interferência política do governo, que é acionista controlador do banco, em detrimento dos acionistas minoritários.

“Segundo a imprensa, o recém-chegado CEO, André Brandão, poderá ser demitido em breve. O Sr. Brandão, cujo mandato começou em setembro de 2019, seria o segundo CEO a deixar o cargo em quatro meses”, disse a XP, em nota, que apesar na notícia negativa, reiterou a recomendação de compra das ações do BB por acreditar que tal mudança não afetará os fundamentos do banco.