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São Paulo – Os sinais de que a vacinação contra a covid-19 em escala global pode ser afetada por dificuldades de produção em larga escala dos imunizantes, somados a receios com o atual impacto da pandemia sobre a atividade econômica e a preocupações com a possibilidade de um pacote de estímulo de US$ 1,9 trilhão anunciado nos Estados Unidos ser desidratado, pesam sobre o Ibovespa e ajudam o dólar a operar em alta.

Por volta das 13h30 (de Brasília), o Ibovespa caía 1,67%, a 121.412 pontos, enquanto o dólar comercial avançava 0,67%, a R$ 5,2420. As taxas dos contratos futuros de DI para janeiro de 2022 recuavam a 3,260%, de 3,265% ontem, enquanto as taxas para janeiro de 2023 operavam estáveis.

A aversão ao risco, que já prevalecia mais cedo por causa dos receios com a possibilidade de mais restrições à circulação na Europa e na China para conter o avanço da covid-19, ganhou mais força depois da notícia de que a Pfizer teria alertado a União Europeia (UE) e o Canadá que não será possível entregar os volumes solicitados de vacina contra a covid-19 nas próximas semanas.

“Está ficando claro que vai faltar insumo e que a demanda vai ser gigante”, comenta um operador sênior de uma corretora local.

Além disso, há dúvidas sobre a capacidade de o pacote de estímulo econômico dos Estados Unidos anunciado ontem passar pelo Congresso no formato proposto pelo próximo presidente, Joe Biden, ainda que os democratas tenham o controle do Senado e da Câmara, visto que no partido também há uma alta preocupada com a situação fiscal norte-americana.

Sobre isso, a equipe econômica do Itaú avalia que “embora os democratas tenham assumido o controle do Senado depois de ganhar os dois assentos do estado da Geórgia recentemente, a maioria é mínima e vários parlamentares democratas são moderados, o que ainda restringe o espaço para ativismo regulatório.”