Demanda por petróleo será incerta nos próximos meses, diz Opep

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São Paulo – A adesão dos grandes produtores de petróleo ao acordo de corte de oferta da Opep e de seus aliados ficou em 101% em dezembro, de acordo com dados do cartel analisados pelo Comitê Conjunto de Monitoramento Ministerial (JMMC, na sigla em inglês).

“O Comitê acolheu o desempenho positivo dos países participantes. A conformidade geral com os ajustes de produção originais foi de 101%, reforçando a tendência de alta conformidade dos países participantes”, diz comunicado.

Neste contexto, o comitê elogiou o progresso que a Nigéria – país que tem dificuldades de cumprir o acordo devido ao conflito armado – alcançou nos meses anteriores por meio do mecanismo de compensação.

“O comitê observou ainda que os participantes do acordo se comprometeram a alcançar a conformidade total e compensar as deficiências de compensação anteriores, e enfatiza a importância de acelerar o reequilíbrio do mercado sem demora”, diz a nota.

Além da Nigéria, o JMMC destacou a Arábia Saudita, que anunciou cortes voluntários de oferta para os meses de fevereiro e março em uma tentativa de compensar o aumento autorizado da produção de países como a Rússia e o Cazaquistão.

“O Comitê notou, com gratidão, o ajuste voluntário adicional significativo no fornecimento feito pela Arábia Saudita, com efeito em 1 de fevereiro de 2021 por dois meses, exemplificando sua liderança, e a necessidade de uma abordagem flexível e preventiva por todos os membros da aliança”, diz o comunicado.

Segundo o comitê, desde a reunião ministerial de abril de 2020, os países do grupo conhecido como Opep+ reduziram a produção de petróleo em 2,1 bilhões de barris acumulados, estabilizando o mercado de petróleo e acelerando o processo de reequilíbrio.

PERSPECTIVAS PARA DEMANDA

O JMMC aponta ainda que as perspectivas para a demanda de petróleo seguem incertezas nos próximos meses, mas vê como positivo o processo de vacinação contra a covid-19 em andamento em várias partes do mundo.

“O comitê observou que, embora as perspectivas econômicas e a demanda por petróleo permaneçam incertas nos próximos meses, o lançamento gradual de vacinas em todo o mundo é um fator positivo para o resto do ano, impulsionando a economia global e a demanda por petróleo”, acrescenta o comunicado.

A próxima reunião do JMMC será realizada em 3 de março.