CVC investirá em casas de aluguel, programa de fidelidade e integração

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São Paulo – Após ter sido fortemente atingida pela crise causada pela pandemia de coronavírus, a CVC está lançando uma série de iniciativas visando sua recuperação, com foco na expansão da VHC Hospitality, empresa que atua no segmento de aluguel de casas para temporada, no lançamento de um programa de fidelidade e na integração das plataformas da empresa.

“Vamos investir muito na VHC, que foi comprada há cerca de três anos e atua no negócio de casas para temporada. Ela tem um altíssimo potencial de atrair investidores, dentro do mundo do turismo esse foi o único setor que foi beneficiado pela pandemia”, disse o presidente da CVC, Leonel Dias de Andrade Neto, durante o CVC Day.

Segundo Andrade, a empresa ainda é pequena, com pouco mais de 200 casas, mas tem potencial de oferecer 8 mil residências em cinco anos e será o maior foco de expansão da CVC.

Outro ponto de inovação é o lançamento de um programa de fidelidade, o Mais CVC, que afirma ter potencial de ter mais de 20 milhões de clientes e teve seu primeiro passo dado com um cartão de crédito em parceria com o Itaú Unibanco.

O presidente da companhia ainda destacou a importância das parcerias com programas de fidelidade de bancos, anunciando uma parceria com o programa iupp do Itaú Unibanco. A CVC já possui parceria com o Livelo, que é do Bradesco e do Banco do Brasil, além de parceria com o Santander e bancos na Argentina.

“Temos mais sete parceria fechadas que vão ser anunciadas nos próximos meses e 14 em negociação”, disse o executivo.

Outras iniciativas devem ocorrer com a atuação de agentes autônomos e um programa de sustentabilidade no turismo. De acordo com Andrade, o segmento de agentes autônomos está sendo estudado e deve ter uma marca própria, já que a marca CVC é para os franqueados. A ideia é que o segmento seja um negócio complementar.

INTEGRAÇÃO DE PLATAFORMAS

O objetivo da CVC também é ter até o final deste ano e início do ano que vem a unificação das suas plataformas, que será interligada com a contabilidade e “back office”, além de ajudar a eliminar trabalhos que ainda são feitos de forma manual.

“Às vezes um funcionário precisa pesquisar uma passagem em uma plataforma, hospedagem em outra, e agora ela vai ser unificada, simples e amigável. A CVC também fez muitas aquisições nos últimos anos, mas não tinha investido em back office, sinergias e tecnologia. Hoje temos uma colcha de retalhos, uma confusão, mas o Projeto MAPA vai mudar isso”, explicou o presidente da empresa.

MUDANÇAS NO CONSELHO

A renúncia de quatro membros do conselho de administração da CVC é uma renovação e “mudança completamente natural”, não indicando falta de transparência, disse também o presidente da CVC, Leonel Dias de Andrade Neto, durante o dia de investidores da
companhia.

Ontem, as ações da CVC (CVCB3) chegaram a cair mais de 4% e ficaram entre as maiores perdas do Ibovespa refletindo a decisão dos conselheiros de saírem ao mesmo tempo e sem a empresa ter explicado o motivo da saída, o que levantou dúvidas sobre sua transparência.

“Os conselheiros que estão saindo estão saindo com a missão cumprida, tomaram a decisão de sair em uma renovação natural e o futuro segue com a eleição de novos membros na próxima assembleia. É uma mudança completamente natural, com toda a transparência possível e quero agradecê-los por todo o suporte”, afirmou.

O presidente da CVC ainda disse que a empresa está em dia com suas obrigações contábeis e pagamentos, depois de ter renegociados dívidas e se reorganizado. “Não temos 1 dólar ou 1 real em atraso com ninguém, estamos em dia com nossas obrigações e com caixa robusto”, disse.