São Paulo – Os petroleiros da Bahia entraram em greve por tempo indeterminado hoje em protesto contra a venda da refinaria Landulpho Alves (Rlam) e seus ativos logísticos associados, para o Mubadala Capital pelo valor de US$ 1,65 bilhão.
Para o Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro Bahia), a categoria recebeu o anúncio da conclusão da venda da Rlam “com um misto de revolta e tristeza”.
“As consequências da venda da Rlam já podem ser antecipadas e não serão boas para os consumidores e para o País”, afirma o coordenador do Sindipetro Bahia, Jairo Batista.
“A venda vai impactar a economia baiana e dos municípios localizados no entorno da Rlam, além de diminuir os níveis de investimento, emprego e direitos dos trabalhadores”, acredita.
Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), estarão presentes no protesto representantes de confederações e federações de trabalhadores e trabalhadoras de empresas públicas e estatais e de movimentos sociais e da juventude, a exemplo do MST, MAB, MPA e Levante Popular da Juventude.
Para a Petrobras, a greve não preenche os requisitos legais. A empresa diz que considera o movimento grevista desprovido de fundamentos e que adotará todas as medidas administrativas e jurídicas cabíveis.
“A companhia ressalta que uma greve com essa motivação não preenche os requisitos legais para o exercício do direito de greve. A greve só é legítima quando está relacionada à reivindicação de direitos dos trabalhadores, como salário e benefícios; caso contrário, é considerada abusiva. A venda da RLAM não acarretará nenhuma perda de direito ou vantagem trabalhista para os empregados da Petrobras”, disse a estatal em comunicado enviado à reportagem da Agência CMA.
Bruno Soares / Agência CMA