União Europeia apela que China respeite direitos humanos em Xinjiang

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São Paulo – A União Europeia (UE) apelou que a China respeite os direitos de minorias no país e permita o trabalho de observadores internacionais na província de Xinjiang, segundo o chefe do bloco europeu para política externa, Joseph Borrell, em discurso ao Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).

“Desejo reiterar o apelo da UE à China para que cumpra as suas obrigações ao abrigo do direito nacional e internacional de respeitar e proteger os direitos humanos, incluindo os direitos das pessoas pertencentes a minorias em Xinjiang, no Tibete e na Mongólia Interior”, disse Borrell.

“Mais uma vez, apelamos a China a permitir um acesso significativo a Xinjiang para observadores independentes, incluindo a alta comissária [Michele] Bachelet”, chefe da Comissão de Diretos Humanos da ONU, o que segundo Borrell permitirá uma avaliação independente, imparcial e transparente das graves preocupações que da comunidade internacional.

“Também reitero nosso apelo à China para que respeite as liberdades fundamentais, o Estado de Direito e os princípios democráticos em Hong Kong e para garantir seu alto grau de autonomia de acordo com o princípio ‘um país, dois sistemas'”, concluiu.

Os Estados Unido também têm apelado pelo respeito aos diretos humanos na China, e dissera, que Pequim cometeu “genocídio e crimes contra a humanidade” contra os muçulmanos uigures e outros membros de grupos étnicos e religiosos minoritários em Xinjiang, em uma das últimas ações do governo do ex-presidente Donald Trump.

Em sua primeira conversa com o presidente da China, Xi Jinping, o presidente norte-americano Joe Biden “destacou suas preocupações fundamentais sobre as práticas econômicas coercitivas e injustas de Pequim, a repressão em Hong Kong, os abusos dos direitos humanos em Xinjiang e as ações cada vez mais assertivas na região, inclusive em relação a Taiwan”.

No discurso, Borrell disse ainda que a UE condena a decisão das autoridades russas de condenar o opositor Alexei Navalny. “É inaceitável e tem motivação política”, disse. “Deploramos as detenções generalizadas e o uso desproporcional da força contra manifestantes e jornalistas”. Ele disse ainda que a UE monitora a situação em Belarus e em Mianmar.