XP e BTG reiteram compra das ações do Pão de Açúcar após balanço

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São Paulo – Em relatório refletindo o balanço, a XP destacou que os resultados do Pão de Açúcar vieram acima das estimativas da casa, principalmente por rentabilidade em níveis recordes no Brasil combinada com uma recuperação de vendas mais forte na Colômbia.

Os analistas acreditam que os resultados devem permanecer sólidos no curto prazo, devido a melhor adaptação do setor à pandemia, a cisão da operação, que deve destravar valor aos acionistas, e boas perspectivas em relação às operações no mercado interno. Com isso, reiteraram a recomendação de compra e preço-alvo para o fim de 2021 de R$ 103,0/ação para as ações da companhia, considerada a preferida da corretora no setor.

O BTG Pactual também manteve a recomendação de compra dos papéis da empresa, considerando uma perspectiva de valorização relevante e os resultados resilientes do quarto trimestre, mesmo excluindo Assaí, pela primeira vez, dos números, devido à proximidade de sua cisão do grupo, prevista para 1 de março. O preço-alvo da casa para a companhia em 2021 é de R$ 99,00.

RESULTADOS DO QUARTO TRIMESTRE

O lucro líquido atribuível aos acionistas controladores do Grupo Pão de Açúcar apresentou forte alta de 1604,3% no quarto trimestre de 2020, para R$ 1,598 bilhão, na base anual. Em 2020, o lucro aos acionistas controladores foi de R$ 2,178 bilhões, 174,9% maior que na comparação anual.

A receita líquida aumentou 51,4% no trimestre e alcançou R$ 14,770 bilhões na comparação com o mesmo período do ano anterior.

O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado alcançou R$ 2,132 bilhões no quarto trimestre, 210% maior que o visto em igual período de 2019.

Ao final do quarto trimestre, a dívida líquida da companhia era de R$ 429 milhões. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida por ebitda, encerrou o período em 0,1 vez.