São Paulo — O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deve assinar mais tarde uma ordem executiva conduzindo uma revisão de 100 dias das cadeias de abastecimento de materiais como semicondutores a produtos farmacêuticos, com o objetivo de estimular a produção nacional e fortalecer os laços com aliados, anunciou a Casa Branca em coletiva de imprensa.
Os Estados Unidos vive atualmente uma escassez de chips que está pressionando os fabricantes de automóveis nos Estados Unidos e em todo o mundo, e as autoridades da administração de Biden têm trabalhado com a indústria para liberar suprimentos. Carros usam chips para vários sistemas, incluindo gestão do motor, travagem automática e condução assistida.
Segundo o Diretor Sênior de Economia Internacional e Competitividade para o governo norte-americano, Peter Harrell e a vice-diretora do Conselho Econômico Nacional dos Estados Unidos, Sameera Fazili, um orçamento para o estímulo de produção ainda está sendo discutido, mas todas as opções estão sendo consideradas.
“Inclusive a de acionar a Lei de Produção da Defesa”, disse Harrel, se referindo ao direito federal de convocar as indústrias do país a produzirem itens de extrema necessidade ao país.
Os dois explicaram que a ordem executiva a ser assinada hoje “tem como objetivo aumentar a resiliência do sistema de fornecimento do país, garantindo que as empresas norte-americanas tenham acesso a materiais críticos mesmo em momentos de disrupção como o que estamos vivendo”, afirmou Harrel.
Segundo ele, a ordem deve tentar variar o sistema de suprimentos das indústrias do país, com indicações de pequenos produtores dentro dos Estados Unidos a novos acordos com países de contratos já existentes.
A ideia também é se antecipar às crises com a criação de novas produtoras dentro dos Estados Unidos e galpões de armazenamento de matéria-prima.
Apesar da forte aposta na compra de produtos de origem norte-americanas feita nas últimas ordens assinadas por Biden, a Casa Branca esclareceu que isso não significa que o país estará fechado ao comércio com outros países.
“Não é possível contar apenas com as produções do país, por isso, iremos trabalhar com nossos aliados comerciais também. Uma cadeia de suprimentos mais fortalecida significado uma indústria mais robusta e, com isso, mais empregos”, afirmou Fazili.