MERCADO AGORA: Veja um sumário dos negócios até o momento

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São Paulo – O Ibovespa apagou a alta observada desde o início do pregão e passou a cair perto do meio-dia, acompanhando a queda nos mercados de ações estrangeiros, mais especificamente do índice Dow Jones. Mais tarde, nos Estados Unidos, as Bolsas operavam mistos após dados econômicos positivos e em meio a preocupações com o avanço nos juros projetados pelos títulos do Tesouro norte-americano.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa operava em queda de 1,06%, aos 111.056,80 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 17,6 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em abril de 2021 apresentava recuo de 0,71%, aos 111.215 pontos.

A renda dos norte-americanos em janeiro subiu 10,0% em base mensal, após a alta de 0,6% em dezembro e acima da estimativa dos analistas de avanço de 9,5%, refletindo os estímulos econômicos em vigor no país. Os gastos subiram 2,4%, após a queda de 0,4% no mês anterior e ante previsão de alta de 2,5%.

Já o índice de preços para os gastos pessoais (PCE) subiu 1,5% em base anual, acelerando após a alta de 1,3% em dezembro. O PCE é o indicador usado pelo banco central dos Estados Unidos (Fed) como referência para medir a inflação.

Os investidores também acompanham de perto o avanço nos juros de Treasuries. Os juros projetados pelos títulos de 10 anos do Tesouro norte-americano ultrapassando brevemente a marca de 1,6% para atingir uma nova alta de um ano antes de moderarem-se.

Em sessão de forte volatilidade na primeira parte dos negócios, o dólar comercial firmou alta frente ao real e sobe mais de 1%, indo a R$ 5,58 – maior nível da moeda desde o início de novembro de 2020 – pressionado pela tradicional disputa pela formação de preço da taxa Ptax – média das cotações apuradas pelo Banco Central (BC) – de fim de mês, que resultou em vitória dos comprados. A taxa ficou em R$ 5,5296 para compra e em R$ 5,5302 para venda.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava alta de 1,30%, cotado a R$ 5,5830 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em março de 2021 apresentava ligeiro recuo de 0,02%, cotado a R$ 5,530.

Lá fora, a alta acima de 1,50% do rendimento do vencimento de 10 anos (T-Note) da taxa dos títulos de dívida do governo norte-americano, as treasuries, também pressiona os ativos globais e a maioria das moedas de países emergentes, consequentemente, respingando no movimento da divisa local.

Com o dólar nos maiores níveis em quase quatro meses, o BC atuou com um leilão de venda de dólares no mercado à vista no início da tarde, em meio à disputa da Ptax, no qual foram aceitas seis propostas no valor total de US$ 740,0 milhões. Pontualmente, o dólar voltou ao patamar de R$ 5,54, mas com o exterior negativo e na reta final da Ptax, a moeda norte-americana renovou máximas a R$ 5,58.

“Essa Ptax teve uma forte disputa. Na reta final do confronto, os comprados exerceram uma pressão maior. Mas a disputa ficou empatada entre comprados e vendidos, intercalado com o leilão de dólares à vista do BC “, destaca o diretor de câmbio de uma corretora local.
As taxas dos contratos de juros futuros (DIs) firmaram-se em alta no início da tarde de hoje acompanhando uma nova disparada nas taxas de retorno dos títulos de dez anos da dívida dos Estados Unidos no mercado secundário, as T-notes, que depois de algum alívio nas últimas horas agora voltam a superar a marca de 1,50%.

Por volta das 13h30, o DI para janeiro de 2022 tinha taxa de 3,745%, de 3,625% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 5,605%, de 5,450%; o DI para janeiro de 2025 ia a 7,31%, de 7,14% na véspera; e o DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 7,95%, de 7,80%, na mesma comparação.