São Paulo – A média móvel de sete dias dos novos casos de covid-19 no Brasil alcançou 54.726 ontem, ficando muito próxima do recorde atingido em 13 de janeiro, de 55.626, de acordo com dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde. A média móvel de mortes provocadas por covid-19 renovou ontem a máxima histórica, para 1.205.
Além do agravamento do quadro de contágio e óbitos por covid-19, o Brasil também está perto de uma situação de colapso no sistema de saúde de alguns estados em função da pandemia, em particular nos da região Sul.
No Rio Grande do Sul, praticamente 97% dos leitos de UTI estavam ocupados hoje de manhã nos hospitais públicos. Nos privados, a ocupação era de 118% – ou seja, foram abertos mais leitos para responder à necessidade de internação. Em Santa Catarina, a ocupação dos leitos de UTI é de 92,2%, enquanto no Paraná o índice é de 96%.
Na região Norte, Amazonas, Pará e Roraima estão em situação crítica, com 80% ou mais dos leitos de UTI ocupados, e Acre e Rondônia apresentam quadro mais grave, com pelo menos 90% de ocupação. O Amapá ainda tem margem para receber doentes – 62% dos leitos de UTI voltados à covid estão ocupados.
No Nordeste, as taxas também superam 80% em alguns estados, com destaque para a Bahia, que ontem ampliou por mais 48 horas as restrições ao funcionamento de estabelecimentos que prestam serviços não essenciais em partes do estado.
Além disso, também está em vigor na Bahia, até 7 de março um toque de recolher, com restrição do funcionamento de serviços não essenciais e da circulação de pessoas das 20h às 5h. Vários estados adotaram este tipo de política para conter festas e aglomerações em bares durante a madrugada.
Na região Sudeste, as taxas de ocupação de UTIs oscilam perto dos 70% – exceto no Rio de Janeiro, onde o índice está mais perto de 60%.
