MERCADO AGORA: Veja um sumário dos negócios até o momento

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São Paulo – O Ibovespa chegou operou por grande parte da manhã na estabilidade, com investidores ainda digerindo a saída de Eduardo Pazuello do ministério da Saúde para a entrada de Marcelo Queiroga, mas passou a cair no início da tarde puxado pelas ações de bancos e da Petrobras.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa operava em queda de 0,74%, aos 113.993,97 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 13,5 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em abril de 2021 apresentava queda de 0,85%, aos 114.055 pontos.

Esta é a terceira troca de comando na pasta durante a pandemia de covid-19. Antes, ela havia sido ocupada por Henrique Mandetta e Nelson Teich, ambos médicos, que deixaram o posto por divergências com Bolsonaro sobre como conduzir o combate à doença.

A troca no comando do ministério acontece no momento mais grave da pandemia de covid-19 no Brasil. Ontem, a média móvel de sete dias de mortes causadas pela doença chegou a 1.841, um recorde, enquanto metade dos estados e o Distrito Federal apresentam taxas de ocupação de leitos de UTI superiores a 90%.

O dólar comercial tem queda firme frente ao real e recua mais de 1% após os dados mais fracos da produção industrial e de vendas no varejo nos Estados Unidos em fevereiro, no qual ficaram bem abaixo do esperado pelo mercado. A moeda perde terreno para os pares e para as divisas de países emergentes. Investidores também operam à espera das decisões dos Bancos Centrais daqui e dos Estados Unidos amanhã.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava queda de 1,18%, cotado a R$ 5,5720 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em março de 2021 apresentava recuo de 0,78%, cotado a R$ 5,576.

O diretor de uma corretora nacional destaca que o dólar acompanha o movimento externo após a divulgação de números ruins nos Estados Unidos, “já que ficaram abaixo do previsto”, diz. As vendas no varejo no país recuaram 3,0% em fevereiro na comparação com janeiro, ante projeção de queda de 0,4%, enquanto a produção industrial recuou 2,2%. A expectativa era de alta de 0,3%.

Os analistas da Capital Economics (CE) avaliam que, independentemente do resultado, as vendas permanecem em alta de mais de 4% na comparação com o registrado em dezembro. Com isso, eles aguardam um desempenho melhor em março em meio à nova rodada de estímulo fiscal, com “envio de cheques ainda maiores”, dizem, acrescentando que com o ritmo de vacinação em massa contra a covid-19 no país, é esperado um crescimento ainda mais forte do setor no segundo trimestre.

Sobre a produção industrial, os economistas da CE destacam que o resultado bem abaixo do esperado se deve ao clima, em meio às fortes tempestades que atingiram o país na segunda quinzena do mês, no qual eles apostam que os números devem ser revertidos em grande parte este mês, além dos sinais de que a escassez de oferta global também ajudou no resultado. “Isso pode ser um obstáculo mais duradouro”, ressaltam.

Investidores aguardam as decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, este que deve iniciar um ciclo de alta da taxa Selic, passando do piso histórico de 2,00% para 2,50%.

As taxas dos contratos de juros futuros (DIs) operam em queda acompanhando o recuo do dólar em uma sessão na qual os investidores ajustam as expectativas em relação à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) sobre os rumos de sua taxa básica de juro, a Selic, em meio ao avanço descontrolado da pandemia pelo Brasil e à crescente pressão inflacionária.

Por volta das 13h30, o DI para janeiro de 2022 tinha taxa de 4,25%, de 4,29% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 5,965%, de 6,050%; o DI para janeiro de 2025 ia a 7,33%, de 7,43% ontem; e o DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 7,84%, de 7,96%, na mesma comparação.