São Paulo – Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) revisaram a previsão do Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao fim deste ano pela décima primeira semana seguida, passando de 4,60% para 4,71%. Há um mês, a projeção era de +3,82%. Para 2022, a estimativa subiu para 3,51%, após duas semanas de estabilidade em 3,50%.
Já em 2023 e 2024, as projeções foram mantidas em +3,25%, respectivamente, há 36 e há oito semanas. Ainda no âmbito da inflação oficial, a estimativa para os próximos 12 meses caiu de 4,27% para 4,17%, de 3,84% há um mês.
A previsão para a taxa básica de juros (Selic) ao fim deste ano subiu pela segunda vez seguida, de 4,50% para 5,00%. Há um mês, o mercado previa 4,00%. Para 2022, a estimativa subiu de 5,50% para 6,00%, igualando-se às projeções para 2023 e 2024, estáveis há 21 e 53 semanas, respectivamente.
Para a taxa de câmbio ao fim de 2021, após quatro semanas de revisão para cima, os analistas seguiram com a estimativa de R$ 5,30, de R$ 5,05 há um mês. Para 2022, porém, a estimativa subiu pela quarta vez, de R$ 5,20 para R$ 5,25, de R$ 5,00 quatro semanas antes. Em 2023, a cotação do dólar em relação ao real ficou em R$ 5,00 pela terceira vez, mesma projeção para 2024, em que o mercado seguiu com a aposta de R$ 5,00 pela terceira vez, de R$ 4,96 há um mês.
Por fim, em relação às expectativas para a atividade econômica, o mercado financeiro revisou para baixo pela terceira semana seguida a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano, passando de 3,23% para 3,22%. Há um mês, a projeção era de crescimento de 3,29%. Para 2022, a projeção ficou em 2,39%, ao passo que para os demais anos, 2023 e 2024, a estimativa de crescimento econômico foi mantida em 2,50%, cada, há 107 e 54 semanas, respectivamente.
BALANÇA COMERCIAL
Os economistas consultados pelo Banco Central mantiveram a previsão para o superávit da balança comercial brasileira em 2021 em US$ 55,0 bilhões pela segunda semana consecutiva. A manutenção das projeções de saldo comercial estende-se por todo o horizonte abrangido pela pesquisa.
Para 2022, a estimativa de saldo comercial positivo foi mantida em US$ 50 bilhões pela quarta semana seguida, enquanto para 2023 a previsão ficou em US$ 58,5 bilhões pela segunda semana. Para 2024, a previsão de superávit comercial permaneceu em US$ 60,0 bilhões pela terceira semana seguida.
Em relação ao saldo da conta corrente, a previsão para 2021 passou para déficit de US$ 11,5 bilhões, de -US$ 11,0 bilhões na semana anterior; para 2022, a previsão foi mantida em -US$ 19,7 bilhões pela terceira semana; para 2023, passou de -US$ 15,0 bilhões para -US$ 20,0 bilhões, e em 2024, a previsão de saldo negativo das transações correntes passou de -US$ 22,9 bilhões para US$ 31,1 bilhões.
Por fim, a previsão para o ingresso de recursos externos, no âmbito do Investimento Direto no País (IDP), subiu de US$ 52,5 bilhões para US$ 55 bilhões para 2021 e foi mantida em US$ 60,0 bilhões para 2022. Em relação a 2023, a projeção foi reduzida para US$ 67,4 bilhões, de US$ 70 bilhões na semana passada, enquanto para 2024 caiu de US$ 70,55 bilhões para US$ 70,30 bilhões.
