São Paulo – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, propôs elevar o imposto sobre empresas de 21% para 28% como forma de financiar o projeto de US$ 2,3 trilhões para infraestrutura no país. Segundo ele, as portas estão abertas para negociação, mas será “preciso um plano real para pagar esse pacote porque ele é necessário”.
“Eu proponho elevar os impostos sobre empresas de 21% para 28%. Na época que eu era vice-presidente, eu e o ex-presidente Barack Obama achávamos que a taxa era alta demais quando estava em 35%. No entanto, a administração anterior a tornou mínima. 21% é injusto para com a classe média norte-americana que precisa de uma infraestrutura melhorada para ter uma vida melhor”, afirmou Biden durante discurso.
O presidente explicou que o investimento deve voltar ao país se os norte-americanos desejam permanecer na liderança mundial. “Não conseguiremos manter pessoas e dinheiro aqui se não garantirmos a melhor tecnologia, a melhor estrutura”, disse ele.
“Os Estados Unidos foi um dos únicos países do mundo onde o investimento em infraestrutura diminuiu ao longo dos anos. Enquanto isso, a China está crescendo cada vez mais”, falou Biden.
De acordo com ele, há uma rivalidade entre autocracias, como a chinesa, e democracias, como a norte-americana. “Autocracias estão se provando mais rápidas. Estamos ficando para trás. Precisamos mostrar que a democracia é capaz de aprovar algo grandioso assim”, disse ele.
Entre os investimentos propostos por Biden em seu plano de infraestrutura está a melhora de encanamento, renovação da rede elétrica, ampliação do serviço de internet, reforma de hospitais, entre outros.
“Isso é necessário para que a classe média volte a prosperar, para que os pequenos negócios tenham condições de competir, para que a educação e a informação chegue a todos os jovens, para que os veteranos recebam melhores tratamentos médicos”, afirmou ele.
Biden também defendeu um imposto único global para empresas norte-americanas no estrangeiro de 21%. “Isso é uma ideia que outros países também defendem. Assim, as companhias estarão compensando o trabalhador norte-americano quando expandem para outros países”, concluiu.