Carteira de crédito pode crescer mais com vacinação, diz Febraban

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São Paulo – A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) melhorou novamente sua projeção de alta da carteira total de crédito para 2021 para 8,1%, de 7,3% em fevereiro e de 7% em dezembro, na comparação com 2020, segundo pesquisa feita pela entidade com os bancos associados. A nova revisão considera bons resultados da economia em janeiro e fevereiro e a perspectiva de recuperação da atividade no segundo semestre com o avanço da vacinação.

A expansão da carteira de crédito deverá ser impulsionada, principalmente, pelas linhas com recursos livres, que devem crescer 10,0% no ano, ante 9,9% na previsão anterior, como resultado do desempenho esperado para o crédito PF,de alta de 10% em fevereiro, para 10,5% e manutenção para o crédito livre PJ, de crescer 9,3% no ano.

A avaliação do cenário para a carteira de crédito com recursos direcionados também está mais positiva: a expansão prevista subiu de 3,7% em fevereiro, para 4,1%, na atual.

Também houve melhora na projeção para a taxa de inadimplência para o crédito livre, que recuou de 3,7% para 3,4%. Em relação a 2020, a projeção é de aumento, já que a inadimplência da carteira livre fechou 2020 em 2,9%, menor nível da série histórica, disse a entidade.

SELIC

A pesquisa também projetou alta de 5,25% da taxa Selic em 2021, enquanto na última pesquisa, o teto das projeções para a taxa básica de juros era de 4,5% ao ano.

A trajetória esperada para a Selic aponta alta de 0,75 pp na reunião de maio, seguida de três aumentos de 0,50 pp. O ritmo de alta desaceleraria em outubro, quando a taxa subiria 0,25 pp, fechando o ano em 5,25% a.a..

“Apesar da surpresa com o aumento mais intenso que o esperado da Selic e a indicação de outra alta de 0,75 pp na próxima reunião do Copom, em 4 e 5 de maio, avaliamos que a decisão foi adequada. Especialmente se levarmos em conta a aceleração da inflação e o risco de desancoragem das expectativas para 2022”, avaliou a entidade, em nota.

2022

Para 2022, a expansão esperada para a carteira total é de 7,3%, levemente superior aos 6,9% registrados na edição de fevereiro. De forma similar a 2021, a expectativa é que o crescimento da carteira seja impulsionado pelas linhas com recursos livres, que deve apresentar um desempenho 9,1% superior ao de 2021. Em fevereiro, a projeção de alta era de 8,7%.