Previsão para inflação e Selic em 2021 volta a subir, diz Focus

632

São Paulo – Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) voltaram a subir a projeção para o Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao fim deste ano, de 4,81% para 4,85%. Há um mês, a previsão era de +4,60%. Para 2022, a estimativa oscilou em alta pela segunda vez, de 3,52% para 3,53%.

Já em 2023 e 2024, as projeções foram mantidas em +3,25%, respectivamente, há 39 e há 11 semanas. Ainda no âmbito da inflação oficial, a estimativa para os próximos 12 meses caiu pela quarta semana, passando de 3,97% para 3,89%, de 4,27% há um mês.

A previsão para a taxa básica de juros (Selic) ao fim deste ano voltou a subir, de 5,00% para 5,25%. Há um mês, o mercado previa +4,50%. Para 2022, a estimativa seguiu em 6,00% também pela terceira vez, de 5,50% quatro semanas antes. Para 2023, a previsão seguiu em 6,50% pela segunda semana, enquanto para 2024, a projeção ficou em 6,25%, de 6,00% há um mês.

Em relação às expectativas para a atividade econômica, o mercado financeiro revisou para baixo pela sexta vez seguida a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano, passando de 3,17% para 3,08%. Há um mês, a projeção era de +3,23%.

Para 2022, a projeção se manteve em 2,33%, após duas semanas de baixa. Quatro semanas antes, a previsão era de 2,39%. Para os demais anos, 2023 e 2024, a estimativa de crescimento econômico foi mantida em 2,50%, cada, há 110 e 57 semanas, respectivamente.

Por fim, para a taxa de câmbio ao fim de 2021, os analistas elevaram a estimativa pela terceira vez consecutiva, de R$ 5,35 para R$ 5,37, de R$ 5,30 há um mês. Para 2022, a estimativa foi mantida em R$ 5,25, de R$ 5,20 um mês antes. Em 2023 e em 2024, a cotação do dólar em relação ao real seguiu em R$ 5,00, pela sexta vez seguida.

BALANÇA COMERCIAL

Os economistas consultados pelo Banco Central elevaram a previsão para o superávit da balança comercial brasileira em 2021 a US$ 55,3 bilhões, depois de quatro semanas de estabilidade a US$ 55,0 bilhões. Para 2022, a estimativa de saldo comercial positivo foi elevada pela terceira semana seguida, a US$ 54 bilhões, de US$ 51 bilhões na semana passada.

Já para 2023 a previsão foi reduzida pela terceira semana, de US$ 55,45 bilhões para US$ 55,0 bilhões. Para 2024, a previsão de superávit comercial permaneceu em US$ 54,05 bilhões pela segunda semana.

Em relação ao saldo da conta corrente, a previsão para 2021 passou para déficit de US$ 11,83 bilhões, de -US$ 10,0 bilhões na semana anterior; para 2022, a previsão foi de -US$ 20,4 bilhões para -US$ 15,8 bilhões; para 2023, passou de -US$ 21,0 bilhões para -US$ 27,4 bilhões, e em 2024, a previsão de saldo negativo das transações correntes permaneceu em US$ 32,8 bilhões.

Por fim, a previsão para o ingresso de recursos externos, no âmbito do Investimento Direto no País (IDP), foi mantida pela terceira semana em US$ 55 bilhões para 2021 e elevada de US$ 62,2 bilhões para US$ 64,4 bilhões para 2022. Em relação a 2023, a projeção foi reduzida para US$ 66,2 bilhões, de US$ 67,4 bilhões na semana passada, enquanto para 2024 foi mantida em US$ 67,8 bilhões.