Previsão para inflação em 2021 sobe para 4,92%, diz Focus

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São Paulo – Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) elevaram a projeção para o Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao fim deste ano pela segunda semana seguida, de 4,85% para 4,92%. Há um mês, a previsão era de +4,71%. Para 2022, a estimativa subiu pela terceira vez, de 3,53% para 3,60%.

Já em 2023 e 2024, as projeções foram mantidas em +3,25%, respectivamente, há 40 e há 12 semanas. Ainda no âmbito da inflação oficial, a previsão para os próximos 12 meses se manteve em 3,89%, após quatro semanas seguidas de queda. Há um mês, o mercado previa + 4,17%.

Em relação às expectativas para a atividade econômica, o mercado financeiro revisou para baixo pela sétima semana consecutiva a estimativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano, passando de 3,08% para 3,04%. Há um mês, a projeção era de +3,22%. Para 2022, a projeção oscilou de 2,33% para 2,34%, de 2,39% quatro semanas antes. Para os demais anos, 2023 e 2024, a estimativa de crescimento econômico foi mantida em 2,50%, cada, há 111 e 58 semanas, respectivamente.

Para a taxa de câmbio ao fim de 2021, os analistas elevaram a estimativa pela quarta vez seguida, de R$ 5,37 para R$ 5,40, de R$ 5,30 há um mês. Para 2022, a projeção oscilou em alta, passando de R$ 5,25 para R$ 5,26. Em 2023 e em 2024, a cotação do dólar em relação ao real seguiu em R$ 5,00, pela sétima semana seguida.

Por fim, a previsão para a taxa básica de juros (Selic) ao fim deste ano ficou em 5,25%, de 5,00% há um mês. Para 2022, a estimativa seguiu em 6,00% pela quarta vez, no mesmo nível de quatro semanas antes. Para 2023, a previsão se manteve em 6,50% pela terceira semana, enquanto para 2024, a projeção caiu de 6,25% para 6,13%, de 6,00% há um mês.

BALANÇA COMERCIAL

Os economistas consultados pelo Banco Central elevaram a previsão para o superávit da balança comercial brasileira em 2021 pela segunda semana seguida, a US$ 57,65 bilhões, de US$ 55,3 bilhões. Para 2022, a estimativa de saldo comercial positivo foi elevada pela quarta semana seguida, a US$ 54,05 bilhões, de US$ 54 bilhões na semana passada.

Já para 2023 a previsão foi elevada a US$ 55,9 bilhões para US$ 55,0 bilhões no relatório anterior. Para 2024, a previsão de superávit comercial passou de US$ 54,05 bilhões para US$ 55,10 bilhões.

Em relação ao saldo da conta corrente, a previsão para 2021 permaneceu em -US$ 10,0 bilhões; para 2022, a previsão foi de -US$ 15,8 bilhões para -US$ 20,6 bilhões; para 2023, passou de -US$ 27,40 bilhões para -US$ 30,55 bilhões, e em 2024, a previsão de saldo negativo das transações correntes passou de -US$ 32,8 bilhões para -US$ 38,9 bilhões.

Por fim, a previsão para o ingresso de recursos externos, no âmbito do Investimento Direto no País (IDP), foi mantida pela quarta semana em US$ 55 bilhões para 2021 e elevada de US$ 64,4 bilhões para US$ 65,0 bilhões para 2022. Em relação a 2023, a projeção foi reduzida para US$ 66,0 bilhões, de US$ 66,2 bilhões na semana passada, enquanto para 2024 foi elevada a US$ 71,5 bilhões, de US$ 67,8 bilhões.