São Paulo, 12 de maio de 2021 – O governo norte-americano está em contato com oficiais diplomáticos de Israel, Palestina e Estados vizinhos enquanto busca nomear um enviado especial para o assunto, disse secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki.
As medidas são uma tentativa de interromper os conflitos que ganharam força nos últimos dias depois que o governo israelense decidiu avançar com a construção de novas unidades de assentamentos exclusivamente judaicos nos territórios palestinos ocupados.
“O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está monitorando de perto a situação. Nossa equipe diplomática está em contato constante com oficiais dos dois países e das nações ao redor que cumprem papel importante nas negociações para auxiliarmos na interrupção dos conflitos atuais”, disse Psaki, em coletiva de imprensa.
Ela também informou que a Casa Branca está trabalhando para nomear um enviado especial para o assunto o mais rápido possível. “Atualmente estamos em busca de um oficial que ficará encarregada totalmente da questão, mas confio em nossa equipe para fazer o possível no momento atual”, completou.
Na semana passada, o governo do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, aprovou a construção de centenas de unidades de assentamentos em Jerusalém Oriental ocupada, pela primeira vez desde que Biden tomou posse, em janeiro.
Segundo a imprensa local, as 540 unidades habitacionais propostas serão construídas nos bairros palestinos de Beit Safafa e Sharafat, e criarão continuidade territorial entre os dois principais assentamentos de Har Homa e Givat Hamatos ao sul de Jerusalém Oriental ocupada.
Na segunda-feira, o Exército israelense informou que mísseis foram disparados de Gaza para Jerusalém e cidades vizinhas, e sirenes antiaéreas soaram. O Hamas assumiu a responsabilidade e não houve relatos imediatos de danos ou vítimas.
No dia seguinte, Israel atingiu vários alvos em Gaza, incluindo locais de fabricação de armas, instalações militares e túneis na fronteira que Israel diz que o Hamas usa para lançar ataques. Militantes palestinos, por sua vez, lançaram mais foguetes.
O Ministério da Saúde palestino disse que 24 pessoas morreram, a maioria em ataques israelenses, incluindo nove crianças.