São Paulo – O presidente da Eletrobras disse que a empresa prevê investir R$ 13 bilhões por ano e espera que sua capitalização, que será votada no Senado, avance para suportar a capacidade de investimentos. Em sua avaliação, o setor elétrico precisa reforçar modelo de concessões e avançar na privatização das companhias para possibilitar os investimentos previstos para o setor nos próximos 20 anos.
“Só para Eletrobras, são previstos R$ 365 bilhões em investimentos. A companhia saiu de um momento difícil, e desde 2016, com o trabalho do Wilson (Ferreira Jr, que presidiu a elétrica até o 2020) para melhorar a geração de caixa e reduzir a alavancagem, que melhorou bastante, mas os investimentos caíram para R$ 13 bilhões”, disse Rodrigo Limp, presidente da Eletrobras, em mesa-redonda com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a CCR, em evento realizado pelo BTG Pactual.
“A interligação Manaus-Boa Vista, obra que está no cronograma de investimentos da Eletronorte, aguarda licenciamento há dez anos e deve avançar com as mudanças na legislação ambiental que vem sendo implementadas pelo governo”, acrescentou.
BNDES
O BNDES disse que Brasil terá um ciclo longo de investimentos em infraestrutura e o está atuando na modelagem de diversos projetos, como concessões de 16 mil quilômetros de rodovias e privatizações federais.
“O Brasil tem um boom de ativos e temos muitas pessoas modelando projetos. Temos 120 projetos em nossa carteira atualmente”, disse Gustavo Montezano, presidente do BNDES.
Em relação à venda de participações pelo braço de investimentos BNDESPar, num total de R$ 77 bilhões – R$ 65 bilhões e R$ 12 bilhões do governo – será destinado a outros projetos para pequenas e médias empresas e outros para financiar o crescimento econômico do país.
“Não faz sentido investir em empresas de grande porte um capital que é para apoiar o desenvolvimento do país”, pontuou o executivo.