São Paulo – Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) elevaram a previsão para a taxa básica de juros (Selic) ao fim deste ano para 5,75%, após quatro semanas mantida em 5,50%. Para 2022, a estimativa seguiu em 6,50% pela segunda vez, de 6,25% um mês atrás. Para 2023 e 2024, a previsão para o juro básico foi mantida em 6,50% cada, há nove e há cinco semanas, respectivamente.
Os economistas também revisaram a previsão do Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao fim deste ano, pela oitava vez seguida, passando de 5,24% para 5,31%. Há um mês, a projeção era de +5,04%. Para 2022, a projeção passou de 3,67% para 3,68%, na terceira alta seguida. Já em 2023 e 2024, a estimativa foi mantida em 3,25% em ambos há 46 e 18 semanas, respectivamente.
Ainda no âmbito do IPCA, a estimativa para os próximos 12 meses teve ligeira queda, passando de 4,17% para 4,16%, depois de cinco semanas de alta. Há um mês, a previsão era de 4,04%. É válido lembrar que as metas de inflação para 2021, 2022 e 2023 são de 3,75%, 3,50% e 3,25%, nesta ordem, conforme estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Em relação às expectativas para a atividade, o mercado financeiro elevou a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano pela sexta vez, de 3,52% para 3,96%, de 3,14% há um mês. Para 2022, a previsão de crescimento econômico oscilou em queda pela segunda semana, passando de 2,30% para 2,25%. Enquanto para 2023 e 2024, a projeção permaneceu em 2,50%, cada, há 117 e 64 semanas, nesta ordem.
Por fim, a projeção para a taxa de câmbio ao fim de 2021 se manteve em R$ 5,30 pela segunda vez, de R$ 5,40 quatro semanas antes. Para 2022, a estimativa foi mantida em R$ 5,30. Em 2023, a cotação do dólar em relação ao real oscilou de R$ 5,20 para R$ 5,19, após três semanas de estabilidade. Já para 2024, o mercado revisou a projeção para o câmbio pela segunda vez seguida, de R$ 5,08 para R$ 5,05.
BALANÇA COMERCIAL
Os economistas consultados pelo Banco Central elevaram a previsão para o superávit da balança comercial brasileira em 2021 pela segunda semana seguida, a US$ 68 bilhões, de US$ 64,75 bilhões na semana anterior. Para 2022, a estimativa de saldo comercial positivo foi elevada a US$ 60 bilhões, de US$ 56,52 bilhões. Já para 2023 a previsão foi elevada a US$ 57 bilhões, de US$ 56,45 bilhões na semana passada. Para 2024, a previsão de superávit comercial caiu a US$ 55,15 bilhões, de US$ 56,5 bilhões antes.
Em relação ao saldo da conta corrente, a previsão para 2021 passou de -US$ 530 milhões para -US$ 1,06 bilhão; para 2022, a previsão passou de -US$ 15 bilhões para -US$ 17,5 bilhões; para 2023, a projeção passou de -US$ 29,5 bilhões para -US$ 26 bilhões, e em 2024, a previsão de saldo negativo das transações correntes passou a -US$ 47,4 bilhões, depois de três semanas a -US$ 38,70 bilhões.
Por fim, a previsão para o ingresso de recursos externos no âmbito do Investimento Direto no País (IDP) em 2021 foi elevada a US$ 56,5 bilhões, depois de duas semanas em US$ 55,01 bilhões pela segunda semana. Para 2022, a projeção subiu de US$ 63 bilhões para US$ 64,5 bilhões. Em relação a 2023, a projeção passou de US$ 66 bilhões a US$ 70,09 bilhões, enquanto para 2024 foi elevada a US$ 75,91 bilhões, de US$ 67 bilhões antes.