São Paulo – A China e os Estados Unidos concordaram em promover a cooperação “pragmática” de comércio e investimento e reconheceram a importância em manter abertos os canais de diálogo, ao realizarem mais uma rodada de negociações comerciais.
O ministro de Comércio chinês Wang Wentao e a secretária de Comércio norte-americana Gina Raimondo conversaram ao telefone e “trocaram opiniões de maneira franca e pragmática sobre questões relacionadas e preocupações mútuas no campo de negócios sino-americano”, segundo o Ministério do Comércio da China, em nota.
“As duas partes afirmaram que o diálogo e os intercâmbios na área de negócios entre a China e os Estados Unidos são muito importantes e concordaram em promover o desenvolvimento saudável do comércio e a cooperação pragmática de investimentos, e lidar adequadamente com as diferenças. Ambas as partes concordaram em continuar a manter a comunicação”.
Esta foi a terceira conversa entre autoridades chinesas e norte-americanas do alto escalão desde que o atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tomou posse.
No final de maio, a representante comercial dos Estados Unidos, Katherine Tai, falou sobre questões comerciais com o vice-premiê chinês Liu He. Tai discutiu os princípios orientadores do governo sobre política comercial e sua revisão contínua da relação comercial em uma reunião virtual.
Antes disso, autoridades dos dois países se reuniram no Alasca em março, em um encontro tenso. O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, acusou a China de ameaçar a ordem global baseada em regras ao coagir outros países e de violar direitos humanos.
Já o responsável pelas relações exteriores do Partido Comunista da China, Yang Jiechi, disse na ocasião que os Estados Unidos abusam de ser poderio militar e financeiro e confrontou a retórica norte-americana de posição de força.
Sob o acordo comercial da fase um firmado sob a administração do ex-presidente norte-americano Donald Trump, os dois lados devem realizar uma revisão formal. Sob o acordo, Pequim se comprometeu a aumentar drasticamente as compras de produtos norte-americanos.