MERCADO AGORA: Veja um sumário dos negócios até o momento

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São Paulo – O Ibovespa acelera alta e volta ao patamar de 127 mil pontos, perdidos nas últimas sessões, em dia de ajustes após o feriado por aqui e a boa performance do mercado externo na sexta-feira, com a valorização das ADRs- ações de empresas brasileiras negociadas em Nova York. O mercado fica à espera da temporada de balanços nos Estados Unidos, que começa a amanhã.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa operava em alta de 1,50%, aos 127.318,18 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 12,3 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em agosto de 2021 apresentava avanço de 1,69%, aos 127.815 pontos.

Os papéis da Vale e bancos, que têm forte peso no índice, apresentam expressiva valorização. AS siderúrgicas sobem no pregão de hoje.

O analista Sidney Lima, da Top Gain, afirma que em dia de agenda esvaziada, o Ibovespa “reage de forma positiva repercutindo o otimismo com a renovação de máximas nas Bolsas de Nova York na última sexta-feira”. Mas ressalta que a Bolsa teve uma perda considerável no último pregão (quinta-feira, 9) e “o movimento de hoje é de correção impulsionado pela perspectiva positiva com o início da divulgação de resultados corporativos nos EUA, iniciando esta semana”.

O gestor  Ubirajara Silva, da Galapagos Capital, comenta que esta semana serão divulgados dois números importantes de inflação nos Estados Unidos-índices de inflação ao consumidor e ao produtor. “O mercado espera muito esses números e podem sinalizar de como será a política monetária adotada pelo Fed”.

Para o estrategista da Genial Investimentos, Filipe Villegas, o mercado deve seguir monitorando a inflação nos Estados Unidos, crescimento na China, a política monetária global e a política no Brasil. Esses fatores “podem ajudar ou jogar contra o ânimos por parte dos investidores”.

O ambiente político segue no foco dos investidores.  O estrategista da Genial Investimentos comenta que “a situação segue bastante frágil com atritos entre governo, Congresso e também o tributário. A deterioração de votos para o governo pode trazer,  ser sem sombras de dúvidas trazer volatilidade para a Bolsa com o cenário eleitoral já à vista”, enfatiza.

Para o gestor da Galapagos Capital as notícias em relação à reforma tributária “devem ser acompanhadas de perto porque desde que foi fatiada trouxe volatilidade para o mercado”.

O dólar comercial mudou de direção e passou a cair na sessão de hoje, após passar a maior parte da manhã operando em alta. Os mercados globais apresentam forte volatilidade na sessão, com dúvidas ainda sobre os impactos da nova variante delta do coronavírus, principalmente na Europa.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava queda de 0,82%, cotado a R$ 5,1960 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em julho de 2021 apresentava recuo de 1,19%, cotado a R$ 5,208.

No cenário interno, os investidores ainda demonstram cautela diante do cenário político em Brasília em meio ao avanço dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da pandemia no Senado e às reiteradas ameaças do presidente Jair Bolsonaro ao processo eleitoral do ano que vem.

“Os mercados globais começam a semana sem direção definida, de olho no avanço das infecções pela variante Delta da Covid-19. OBCE [Banco Central Europeu] vai divulgar nova orientação para estímulo monetário em 10 dias, e Lagarde [Christine, presidente da autoridade monetária europeia] reconheceu que a meta de 2% de inflação pode ser ultrapassada”, explicou a Rico em relatório matinal.

A Rico ainda destaca que a semana tem indicadores importantes, o que torna ainda mais volátil os mercados, com dados de inflação ao consumidor nos Estados Unidos, Produto Interno Bruto (PIB) da China e início da temporada de resultados.

Na avaliação da equipe da Correparti Corretora de Câmbio, o mercado local de divisas volta do feriado com o dólar mantendo em relação ao real o mesmo desempenho observado diante de outras moedas emergentes e ligadas as commodities.

“As mazelas políticas, com o acirramento dos embates entre governo, Congresso e Supremo também podem ajudar para a alta da moeda”, adverte a Correparti em relatório matinal.

As taxas dos contratos de juros futuros (DIs) operam de lado em um dia no qual a aversão ao risco observada no exterior tem a companhia da persistente turbulência política em Brasília em meio ao avanço dos trabalhos da CPI da Pandemia e às reiteradas ameaças do presidente Jair Bolsonaro ao processo eleitoral do ano que vem.

Por volta das 13h30, o DI para janeiro de 2022 apresentava taxa de 5,81, de 5,810% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 7,27%, de 7,305%; o DI para janeiro de 2025 ia a 8,28%, de 8,31% antes; e o DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 8,71%, de 8,73%, na mesma comparação.