Bolsa fecha em alta e dólar em queda seguindo exterior

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São Paulo – O Ibovespa fechou em alta acompanhando o mercado externo, que operou todo o dia no positivo. O principal índice da B3 encerrou os negócios em alta de 0,42%, aos 125.929,25 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em agosto subiu 0,65%, aos 126.370 pontos. O volume financeiro foi de R$ 24,3 bilhões. Em Nova York as bolsas encerraram com ganho.

Os investidores seguem atentos à variante delta que pode pesar na recuperação da economia global, apesar de Anthony Fauci, epidemiologista e principal especialista em doenças infecciosas dos EUA, afirmar que as vacinas contra a variante delta apresentar efetividade “extraordinária”.

Além disso, as bolsas de valores estrangeiras também reagem aos bons resultados trimestrais divulgados até o momento, observa a equipe da Ativa Investimentos

Apesar da bolsa ter fechado em alta, operou todo o pregão da manhã com volatilidade entre altas e baixas devido às incertezas políticas e a preocupação com a variante delta.

Para o analista da Terra Investimentos, Régis Chinchila, a volatilidade está atrelada às incertezas políticas, variante delta e pressão sobre a recuperação econômica. “na política mesmo com o Congresso  em recesso, não sai do radar a investigação do Bolsonaro e Miranda”. Na véspera, a Polícia Federal pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que decida sobre o caso da vacina Covaxin, se Luis Miranda será investigado junto com Bolsonaro.

Chinchila também comenta sobre a fala do presidente Jair Bolsonaro de talvez não concorrer às eleições de 2022. “Acredito que seja apenas um ruído”, afirma.

O analista da Terra Investimentos ressalta que o investidor estrangeiro está deixando o país. ” Já retiraram R$ 4,6 bilhões em julho e acredito que seja pelo ambiente político complicado”.

O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,74%, negociado a R$ 5,1910 para venda. O dia foi de forte volatilidade para a moeda norte-americana, que iniciou a negociação em alta acompanhando o cenário externo. Investidores seguem monitorando a disseminação da variante Delta do coronavírus e os impactos na retomada da economia global.

“O dólar comercial abriu a sessão de hoje em leve alta, acompanhando o desempenho de sua congênere no exterior com a nova cepa Delta do coronavírus provocando a quarta onda pelo mundo, prejudicando a retomada da economia global”, explicou Guilherme Esquelbek, da Correparti Corretora.

“Aqui ruídos políticos também ajudaram para a moeda bater máximas, chegando a ser cotada acima da casa dos R$ 5,27. Na parte da tarde, inverteu sinal e virou o terreno negativo, ainda acompanhando o cenário externo onde a moeda passou a perder valor, com o salto no preço do petróleo e a forte valorização nas bolsas. Em mais um pregão de grande amplitude e volatilidade o dólar fechou o dia em queda”, acrescentou o especialista.

As taxas dos contratos de juros futuros (DIs) fecharam em leve alta, absorvendo a percepção de risco dos investidores em um dia no qual o alívio moderado para os ativos de risco aparentemente ficou limitado ao mercado de ações.

Com isso, o DI para janeiro de 2022 fechou com taxa de 5,775%, de 5,755% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 encerrou estável a 7,12%; o DI para janeiro de 2025 ia a 8,12%, de 8,09% antes; e o DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 8,57%, de 8,55%, na mesma comparação.

Os principais índices do mercado de ações norte-americano fecharam o dia em alta, dando sequência aos ganhos da sessão anterior, com os investidores mudando o foco do aumento de casos de covid-19 para os resultados trimestrais das empresas.

Confira a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos no fechamento:

Dow Jones: +0,83%, 34.798,00 pontos

Nasdaq Composto: +0,92%, 14.632,00 pontos

S&P 500: +0,82%, 4.358,69 pontos