São Paulo, 23 de julho de 2021 – O Bank of America (BofA) aponta que a JBS e a Marfrig devem ser os destaques positivos do setor alimentício na temporada de resultados do segundo trimestre, enquanto BRF deve ter desempenho misto e a Minerva, mais fraco, devido à exposição das empresas no mercado nacional e nos Estados Unidos.
Enquanto, no mercado norte-americano, os spreads subiram na reabertura econômica em comparação ao mesmo intervalo mais fraco em 2020, impulsionados por forte demanda de serviços e varejo e preços baixos do gado, no Brasil, embora os volumes e preços das proteínas permaneçam sustentados, não têm sido suficientes para compensar a grande pressão de custos de grãos e embalagens, disseram os analistas do BofA, em relatório.
As operações nos Estados Unidos devem beneficiar JBS e Marfrig, com a primeira apresentando ebitda recorde no intervalo devido ao aumento de utilização da capacidade e maiores preços de aves por sua subsidiária Pilgrim’s, ambos nos Estado Unidos, que devem compensar os resultados desafiadores no Brasil.Já a Marfrig será impulsionada por fortes margens em carne bovina no hemisfério Norte, mas deve sentir a pressão do ciclo de gado na América Latina.
A BRF deve reportar maiores receita e ebitda como resultado de aumentos contínuos de preços no Brasil, melhores volumes e demanda internacional mais forte, com a reabertura de mercados e hedges de Real. No entanto, deve seguir pressionada por maiores custos em grãos, embalagem e logística.
Com isso, o banco reiterou as recomendações de compra para a JBS e neutra para Marfrig, BRF e Minerva.
Os papéis da JBS (JBSS3) e Minerva (BEEF3) fecharam em alta de 0,03% e 1,06%, enquanto Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3) caíram 0,04% e 2,51%.
