São Paulo – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou novas sanções contra Cuba, direcionadas à Polícia Nacional Revolucionária e suas lideranças, e prometeu novas restrições se não houver mudança drástica no regime, em um encontro no final de semana com líderes cubanos-americanos.
“Estamos adicionando sanções contra a Polícia Nacional Revolucionária, bem como sanções individuais contra o chefe e vice-chefe”, disse Biden no sábado. “E vamos continuar a adicionar sanções aos indivíduos que cometem – que cometem os abusos do regime”.
Ao ser questionado se haverá novas sanções contra Cuba, Biden disse: “Haverá mais, a menos que haja alguma mudança drástica em Cuba, o que eu não antecipo”.
Segundo o Departamento do Tesouro norte-americano, a Polícia Nacional revolucionária, bem como os líderes Oscar Callejas Valcarce e Eddy Sierra Arias foram sancionados por serem “autores de crimes graves abuso dos direitos humanos e corrupção”.
As restrições dão sequência a sanções prévias devido a “ações para reprimir protestos pacíficos e pró-democráticos em Cuba, que começaram em 11 de julho”. As manifestações foram as maiores em décadas, em meio a uma generalizada escassez de bens básicos, cobranças de direitos políticos e o pior surto de covid-19 desde o começo da pandemia.
As sanções servem para “responsabilizar ainda mais os responsáveis por suprimir os apelos do povo cubano por liberdade e respeito pelos direitos humanos”, disse o diretor do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros, Andrea M. Gacki, em comunicado.
Em 22 de julho, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou sanções contra o ministro de Defesa de Cuba, Alvaro Lopez Miera, e à Brigada Especial Nacional do Ministério do Interior cubano em conexão com a repressão de protestos pacíficos e pró-democráticos no país.