São Paulo – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) de julho dá indícios de desaceleração da inflação.
Ele destacou que o núcleo do CPI, que exclui o preço de alimentos e combustível, caiu em relação a três meses atrás. “Estamos caminhando para uma diminuição de valores para o povo norte-americano”, afirmou ele em anúncio.
Segundo o presidente, gargalos e picos de preços serão reduzidos à medida que a economia continuar a recuperar-se. “Embora o relatório de preços ao consumidor de hoje aponte nessa direção, vamos manter um olhar atento sobre a inflação a cada mês e confiar que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) tomará as medidas adequadas se e quando for necessário”.
Biden explicou que a alta no CPI principal, que inclui preços da gasolina e comida, é afetada por outros fatores como interrupção de cadeia de suprimentos e operações de mercado.
“Já tomei providências para que funcionários verifiquem o congestionamento de portos. Isso afeta amplamente os preços de alimentos e bens, já que a dificuldade na entrega eleva os valores finais. Por isso, estamos trabalhando com diversas empresas de entrega para agilizar o máximo possível essa situação”, afirmou.
Biden também explicou que pediu ao governo que analisasse as práticas de agricultores e observasse discrepâncias nos preços de alimentos. Sua ideia é criar decretos que proíbam a prática anticompetitiva no setor.
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos subiu 0,5% em julho na comparação com o mês anterior e 5,4% em termos anuais. Já o núcleo do CPI, que exclui a variação dos preços de alimentos e energia, subiu 0,3% em julho ante junho e 4,3% em base anual.
O Fed vem reafirmando que a inflação segue muito elevada nos Estados Unidos, mas que ainda não agirá para conter essa aceleração porque entende que é um movimento transitório e não permanente nos Estados Unidos.
Em agosto do ano passado, o banco central ajustou sua estratégia para a inflação ao permitir que a taxa fique acima da meta de 2% por algum tempo para compensar períodos em que esteve abaixo desse patamar.