Ação da Yduqs avança após resultados do primeiro semestre

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São Paulo – As ações de YDUQS estão entre as maiores altas do Ibovespa, influenciados por bons resultados no primeiro semestre e análises favoráveis em relação às perspectivas da companhia. Às 14h13 (horário de Brasília) o papel da empresa (YDUQ3) tinha alta de 4,8%, a R$ 24,91.

O Credit Suisse manteve a avaliação “outperform” (equivalente à compra), citando que os resultados vieram acima de suas projeções, destacando a disciplina da empresa no enfrentamento da crise de Covid-19 com rentabilidade relativamente boa e pouca alavancagem, refletindo a eficácia comercial e a escalabilidade do conteúdo. A avaliação considera que a decisão de investir em cursos de negócios e medicina mostrou-se importante para aumentar a estabilidade do fluxo de caixa.

“Continuamos cautelosos quanto aos aportes em unidades físicas (“on campus”), tanto no segundo semestre deste ano, quanto em 2022. Mesmo assim, a empresa se remodelou a tempo para uma nova realidade, reforçando nossa tese de fluxo de caixa, mesmo com crescimento modesto. Dados os custos fixos dos campi, o retorno dos alunos pode ajudar nas margens daqui para frente”, comentaram os analistas do CS.

Em análise com avaliação de compra da ação, a Ativa Investimentos apontou uma perspectiva de consolidação no setor de ensino superior nos próximos anos, fomentada pela pressão da redução do FIES e consequências econômicas do coronavírus sob as instituições de pequeno e médio porte.

“Ainda que o setor de educação siga pressionado ao longo de 2021, vemos boas oportunidades para o longo prazo. Com boa geração de caixa, a YDUQS baseia, acertadamente, sua estratégia em crescimento inorgânico, expansão do ensino à distência (EAD) e dos cursos de medicina, o que nos torna otimistas em relação ao futuro da companhia e sua capacidade de expandir ticket e base de alunos”, comentou.

O BTG Pactual manteve a recomendação neutra e reduziu o preço-alvo para 2022 para R$28, de R$30, devido à falta de impulso de curto prazo e custo de capital do Brasil, considerando que os resultados do primeiro semestre vieram em linha com suas projeções.

“Os resultados da primeira metade do ano não foram tão fracos quanto nos trimestres anteriores, mas ainda eram uma prova para o cenário desafiador atual. Até que vejamos um ponto de inflexão claro para a geração de luxo de caixa livre para o acionista (FCF, na sigla em inglês), permanecemos neutros pelo fraco impulso de lucros e catalisadores de curto prazo”, disseram os analistas do BTG, em relatório.

A análise destaca que a maior dívida líquida no segundo trimestre refletiu o fluxo de caixa operacional ainda um pouco pressionado da empresa, que totalizou R$ 68 milhões, graças à maior necessidade de capital de giro e investimento orgânico, o que implicou em uma conversão de ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ex-IFRS16 para FCF de apenas 25%.

A XP manteve a recomendação de compra e o preço-alvo de R$50,7 por ação, destacando que a companhia atingiu as metas do primeiro semestre, o que era esperado por seu time de análise, que também mostrou expectativa de aumento da participação dos outros cursos (premium e online), em relação a dos cursos presenciais tradicionais, que atualmente representam 51% da receita ante 74% no 2T19.

“450 novas vagas de medicina devem ser aprovadas no segundo semestre e que 79% dos polos de ensino à distância da Yduqs ainda estão em maturação, com mais de 55% ainda no primeiro ano de operação. Portanto, acreditamos que os fundamentos de longo prazo para a empresa (crescimento da base de alunos – principalmente online – e melhoria de margem – maior participação de cursos online e premium) permanecem intactos, apesar das perspectivas desafiadoras para 2021”, disseram os analistas da XP.