São Paulo – O presidente russo, Vladimir Putin, defendeu o direito do povo afegão de decidir sobre o seu futuro, criticando os países que tentam impor seu modo de governo a outra nação. As declarações acontecem em um momento no qual o regime repressor do Talibã volta a vigorar no Afeganistão.
“Precisamos respeitar nossos parceiros. Precisamos dar às pessoas o direito de escolher seu futuro, se querem um processo de democratização ou não. Precisamos respeitar uns aos outros no cenário internacional”, disse ele em entrevista coletiva conjunta com a chanceler alemã, Angela Merkel.
Putin afirmou ainda que Rússia, Estados Unidos e União Europeia (UE) devem fazer todo o possível para normalizar a situação no Afeganistão. Ele ressaltou que Moscou está interessada em uma situação estável na região.
“Junto com outros parceiros, com os Estados Unidos, com os países europeus, nós da Rússia devemos fazer todo o possível para unir forças a fim de apoiar o povo afegão, normalizar a situação neste país e estabelecer relações de boa vizinhança”, disse.
Comentando a operação dos Estados Unidos no Afeganistão, Putin indicou que não pode ser qualificada de exitosa, mas frisou que a Rússia não é responsável por julgá-la.
No domingo, o Talibã completou sua conquista do Afeganistão entrando em Cabul. Ashraf Ghani renunciou ao cargo de presidente e deixou o país para evitar o que ele descreveu como derramamento de sangue que ocorreria se os militantes tivessem que lutar pela cidade.
