A produtora de etanol, Cerradinho Bioenergia, protocola pedido de IPO na CVM

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São Paulo- A produtora de etanol e bioenergia Cerradinho Bioenergia protocolou na sexta-feira (20) na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o seu pedido de oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) e solicitou à B3 adesão ao segmento de listagem no Novo Mercado. Os coordenadores da oferta são o Itaú BBA, a XP Investimentos e o Banco BTG Pactual.

Em seu prospecto preliminar, a companhia afirma que pretende utilizar os 100% dos recursos líquidos provenientes da oferta primária para a construção de uma nova planta de etanol de milho em Maracaju (MS), no modelo “greenfield”.

O projeto prevê uma capacidade de moagem de milho de 1,1 milhão de toneladas de milho por ano (6 milhões equivalente em toneladas de cana), com produção de 510 mil metros cúbicos (m/3) de etanol hidratado, com investimento total esperado de cerca de R$1,4 bilhão, com início das obras no primeiro semestre de 2022, e da operação, em setembro de 2023, considerando o cronograma de licença de operação e projetos de engenharia.

A companhia foi constituída em 2006 pela família Sanches Fernandes, com experiência no setor agrícola, e teve sua operação comercial iniciada em 2009 com sua usina em Chapadão do Céu, em Goiás, inicialmente com moagem de 2,4 milhões de toneladas de cana.

Atualmente, opera duas plantas de produção de etanol e derivados, que utilizam cana-de-açúcar e milho como suprimento, com capacidade instalada de moagem de cana equivalente de aproximadamente 9 milhões de toneladas, com foco na produção de etanol e energia sustentável através da cana e do milho.

Durante as três últimas safras, a companhia dobrou sua receita líquida, para R$ 1,664 bilhão na safra de 2020/2021, representando um crescimento anual médio de 43%. No primeiro trimestre, a receita da companhia foi de R$ 529 milhões e dívida líquida foi de R$ 536 milhões, reduzindo sua alavancagem de 1,7 vez para 0,8 vez nesse período.