São Paulo – As instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus elevaram de 7,11% para 7,27% a previsão para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2021. A meta para a inflação no período é de 3,75%.
A previsão de inflação nos preços administrados – que são controlados por contrato ou pelo poder público – aumentou de 11,00% para 11,31%, enquanto a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu de 19,52% para 19,65%.
Para 2022, as instituições financeiras elevaram de 3,93% para 3,95% a previsão para a inflação medida pelo IPCA. A meta para a inflação no período é de 3,50%.
A previsão de inflação nos preços administrados em 2022 aumentou de 4,40% para 4,50%, enquanto a projeção para a inflação medida pelo IGP-M subiu de 4,88% para 4,91%.
SELIC
As instituições pesquisadas mantiveram em 7,50% a previsão para a taxa básica de juros (Selic) ao final de 2021. Atualmente, a taxa está em 5,25%, o que significa que o mercado espera um incremento de 2,25 pontos porcentuais (pp) até o final do ano. Há quatro semanas, a estimativa para a Selic ao fim de 2021 estava em 7,00%
Para 2022, a estimativa para a taxa Selic manteve-se em 7,50%. Há quatro semanas, a estimativa para a Selic ao fim de 2022 estava em 7,00%.
A projeção para a taxa de câmbio em 2021 aumentou de R$ 5,10 para R$ 5,15 por dólar, enquanto a estimativa para 2022 manteve-se em R$ 5,20 por dólar. Quatro semanas atrás, a previsão para 2022 era igual, mas a estimativa para 2021 era menor, de R$ 5,10
Na sexta-feira (27), a taxa de câmbio oficial (Ptax) foi fixada em R$ 5,2194 para a compra e R$ 5,2200 para a venda.
PIB
As instituições financeiras reduziram de 5,27% para 5,22% a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021. A projeção para 2022 ficou estável em 2,00%.
O BC estima que a economia brasileira crescerá 4,6% em 2021, segundo a edição mais recente do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), publicada em junho.
A previsão do mercado para a produção industrial em 2021 agora é de crescimento de 6,43%, ante expectativa de alta de 6,40% na semana anterior. Para 2022, a projeção de crescimento da produção industrial manteve-se em 2,20%
CONTAS EXTERNAS
As instituições financeiras ouvidas pelo BC na pesquisa Focus mantiveram a previsão de superávit comercial em 2021 em US$ 70,00 bilhões, mesmo valor observado na semana passada. A balança comercial mede o resultado das vendas de bens ao exterior (exportações), menos as compras de bens do exterior (importações).
A previsão para o saldo em conta corrente – que reúne os resultados das transferências e das balanças comercial, de serviços e de renda – foi de déficit de US$ 1,15 bilhão, inferior ao nível neutro observado na semana anterior. A estimativa para o investimento direto em 2021 ficou estável em US$ 54,00 bilhões.
Para 2022, as instituições reduziram a previsão de superávit comercial para US$ 62,00 bilhões, ante US$ 63,50 bilhões observados na semana passada.
A previsão para o saldo em conta corrente foi de déficit de US$ 15,00 bilhões, um saldo negativo maior que o de US$ 14,15 bilhões observado na semana anterior. A estimativa para o investimento direto em 2022 diminuiu para US$ 65,00 bilhões, comparada à projeção de US$ 66,00 bilhões da semana passada.
CONTAS PÚBLICAS
As instituições pesquisadas mantiveram a previsão para o déficit primário em 2021 em 1,74% do PIB, mesmo valor observado na semana passada. O resultado primário equivale à diferença entre a receita e a despesa pública, sem considerar os gastos referentes à dívida do governo – como as despesas com o pagamento de juros.
A previsão para o resultado nominal – a diferença entre as receitas e as despesas do governo, inclusive aquelas relacionadas à dívida pública – foi de déficit de 6,20% do PIB, inferior ao saldo negativo de 6,30% do PIB observado na semana anterior. A estimativa para a dívida líquida do setor público em 2021 diminuiu para 61,30% do PIB, comparada à projeção de 61,50% do PIB da semana passada.
Para 2022, as instituições reduziram a previsão de déficit primário para 1,10% do PIB, ante a projeção de 1,20% observada na semana passada.
A previsão para o resultado nominal foi de déficit de 6,30% do PIB, ante saldo negativo de 6,04% do PIB observado na semana anterior. A estimativa para a dívida líquida em 2022 ficou estável em 63,20% do PIB.