São Paulo – A Pfizer e a BioNTech afirmaram que sua vacina contra covid-19 é segura e gera forte resposta imune em crianças entre 5 e 11 anos, segundo resultados de um novo estudo, de acordo com as empresas, em comunicado.
Os dados do estudo serão enviados à Food and Drug Administration (FDA, correspondente à Anvisa no Brasil) e demais autoridades regulatórias para este grupo de crianças em idade escolar antes do inverno no hemisfério norte – que começa em dezembro.
Os resultados obtidos pela Pfizer vieram a partir de um ensaio clínico de fase 2/3. Este tipo de ensaio avalia tanto a segurança, geração de imunidade e posologia da vacina quanto a eficácia dela na prevenção da doença.
Um total de 2.268 participantes entre 5 e 11 anos analisados durante o ensaio mostraram “um perfil de segurança favorável e respostas robustas de anticorpos neutralizantes em crianças de 5 a 11 anos de idade usando um regime de duas doses de 10 microgramas administrados com 21 dias de intervalo”.
A dose é menor do que a dose de 30 microgramas usada para pessoas com 12 anos ou mais. “As respostas de anticorpos nos participantes que receberam doses de 10 microgramas foram comparáveis às registradas em um estudo anterior da Pfizer-BioNTech em pessoas de 16 a 25 anos de idade imunizadas com doses de 30 microgramas”, diz o comunicado.
“Estamos ansiosos para estender a proteção conferida pela vacina a essa população mais jovem, sujeita à autorização regulatória, especialmente porque rastreamos a disseminação da variante Delta e a ameaça substancial que ela representa para as crianças”, segundo o executivo-chefe da Pfizer, Albert Bourla.
Ele afirmou que, desde julho, os casos pediátricos de covid-19 aumentaram cerca de 240% nos Estados Unidos, reforçando a necessidade de vacinação da saúde pública.
A Pfizer e a BioNTech também estudam a aplicação da vacina a crianças com pelo menos seis meses até 2 anos e de 2 anos até 5 anos. Nestes grupos, a dosagem é ainda menor – de 3 microgramas em cada injeção. O resultado dos testes com a vacina contra a covid-19 nestes grupos devem ser divulgados até o final deste ano, segundo as companhias.
Edição: Gustavo Nicoletta (g.nicoletta@cma.com.br)
