Impacto de crise de dívida de Evergrande é limitado na Europa, diz Lagarde

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São Paulo – O impacto da crise de dívida da incorporadora chinesa Evergrande é limitado na Europa, de acordo com a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde.
“Estamos olhando para isso. Estamos monitorando e eu tive um briefing hoje porque acho que todos os mercados financeiros estão interconectados”, disse Lagarde, em entrevista à “CNBC”.
“Tenho memórias muito vívidas dos últimos desenvolvimentos do mercado de ações na China, que tiveram uma influência em todo o mundo. Mas na Europa e na zona do euro, em particular, a exposição direta seria limitada”, disse Lagarde.
Ao ser questionado se o BCE estava preparado para a perspectiva de um efeito de propagação global caótica no caso do colapso de Evergrande, Lagarde respondeu: “Como eu disse, no momento, o que estamos vendo é um impacto e exposição centrados na China. Não posso falar pelos Estados Unidos, mas posso dizer pela Europa que sua exposição direta é limitada.”
A Evergrande, sediada em Shenzhen, é a incorporadora imobiliária mais endividada do mundo, com passivos estimados em mais de US$ 300 bilhões. A Evergrande estava prestes a fazer US$ 83,5 milhões em pagamentos de cupons em 23 de setembro de títulos em dólares com um valor de face de US$ 2,03 bilhões, o que não foi feito, segundo fontes citadas em vários relatórios da mídia. A empresa tem um período de carência de 30 dias.