RADAR DO DIA: Evergrande, contas offshore e Banco Pan

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São Paulo – As dúvidas em torno de quando o Congresso dos Estados Unidos conseguirá chegar a um acordo a respeito do teto da dívida do país e de qual será o futuro da empresa chinesa Evergrande mantêm uma pressão negativa nas bolsas internacionais, que operam perto da estabilidade e sem direção comum.
A cautela antes de uma reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) com outros países produtores, como a Rússia, também deixa o mercado apreensivo. Há expectativa de que o encontro possa resultar em menos restrições à produção de petróleo, mas isso não está garantido.
Na Ásia, os principais índices do mercado de ações fecharam em queda, com incertezas sobre a endividada incorporadora chinesa Evergrande e em uma sessão de liquidez reduzida com as bolsas de Xangai e Seul fechadas devido a feriados locais.
A China Evergrande venderá uma participação majoritária em seu negócio de administração de imóveis por mais de US$ 5 bilhões, segundo a mídia chinesa, em um negócio que seria a maior venda de ativos já feita por uma incorporadora imobiliária endividada.
As ações da China Evergrande e sua unidade de gestão imobiliária tiveram suas negociações suspensas na Bolsa de Hong Kong antes do anúncio.
No Brasil, o mercado deve digerir a notícia sobre a existência de contas offshore do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e as consequências disto sobre o andamento das reformas econômicas. A oposição quer esclarecimentos de ambos a respeito do assunto e indicou que convocará Guedes a falar.
No campo das empresas, o destaque vai para o anúncio do Banco Pan da incoporação da Mosaico Tecnologia ao Consumidor, empresa que reúne as marcas Zoom, Buscapé e Bondfaro.
A operação será efetivada com a incorporação das ações de emissão da Mosaico pelo Pan, com emissão de 101.276.624 novas ações preferenciais do Pan (ações BPAN4) a serem entregues aos acionistas da Mosaico, em uma relação de troca de 0,8x (MOSI3/BPAN4).
Desta forma, o capital social da Mosaico passará a ser integralmente detido pelo banco e os atuais acionistas da Mosaico passarão a deter 7,8% do capital social do Pan.
A B3 informou que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovaram o acordo com a Totvs para investimento de R$ 600 milhões na Dimensa (antiga TFS Soluções em Software.
Com as aprovações, a B3 passa a deter participação minoritária de 37,5% do capital social da Dimensa, permanecendo a Totvs como sua controladora e única sócia da empresa no investimento.
A agência de classificação de risco Fitch Ratings manteve o rating BB da Minerva devido à forte liquidez do grupo, bom desempenho operacional e melhor alavancagem. A perspectiva é estável.
A carga de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) deve subir 0,8% em outubro, totalizando 71.791 megawatts (MW) médios, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo previsão semanal do Operador Nacional do Sistema (ONS) para a semana de 2 a 8 de outubro.
A Itaúsa informou que as assembleias gerais da XPart e da XP aprovaram hoje a incorporação da XPart pela XP e a consequente extinção da XPart, no âmbito da reorganização societária envolvendo o investimento do Itaú Unibanco na XP e a consequente constituição da XPart. Com isso, a Itaúsa passou a deter 15,07% do capital total e 4,74% do capital votante da XP.
O conselho de administração do Banco Inter aprovou a proposta de criar um programa de aquisição de opções de compra de ações ordinárias e ou preferenciais, no âmbito do quarto plano de opções de compra de ações e ou units de emissão do banco, e a lista de participantes a serem contemplados, em reunião realizada em 21 de setembro.
A Totvs informou o encerramento da oferta pública primária com esforços restritos de colocação (follow-on) de 39.270.000 ações ordinárias, no valor total de R$ 1,443 bilhão, em 24 de setembro. O valor será utilizado para aumento de capital social da companhia.
A Notre Dame Intermédica Participações informou que foi concluída a aquisição da Casa de Saúde e Maternidade Santa Martha (Hospital Santa Martha), em Niterói (RJ), por sua subsidiária integral, Notre Dame Intermédica Saúde, após aprovação da operação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), no dia 6 de setembro.
O conselho de administração do Grupo Pão de Açúcar aprovou a venda do ponto comercial e bens e equipamentos relativos à loja operada pela companhia em Curitiba (PR) e de bens e equipamentos localizados em imóvel da companhia em Dourados (MS, cujas operações foram descontinuadas há mais de 18 meses.
O conselho de administração da Marfrig aprovou a contratação de certificado de direitos creditórios do agronegócio (CDCA), pela companhia, junto ao Banco do Brasil, no valor de R$ 700 milhões, com vencimento em 20 de setembro de 2027.
A Suzano nomeou Cristina Gil White como diretora executiva de sustentabilidade da companhia, em substituição de Pablo Machado, que ocupa interinamente a posição junto com a diretoria executiva de negócios China, na qual permanecerá.
A Sul América concluiu a compra da carteira de planos privados da Santa Casa de Misericórdia de Ponta Grossa, por meio da sua controlada indireta Paraná Clínicas, que agrega cerca de 25 mil beneficiários à sua carteira de saúde.
A Ultrapar concluiu a venda de sua participação de 50% na ConectCar, por meio de sua subsidiária Ipiranga, para a Portoseg, controlada pela Porto Seguro por R$ 165 milhões, sujeito a ajustes.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a aquisição do controle acionário da Companhia Estadual de Transmissão de Energia Elétrica (CEEE-T), do Rio Grande do Sul, pela CPFL Comercialização Cone Sul, subsidiária da CPFL, conforme despacho publicado no Diário Oficial da União em 1 de outubro.
A Ecorodovias informou que sua subsidiária Ecovias do Araguaia assinou o contrato de concessão para a exploração de 850,7 quilômetros da rodovia BR-153/414/080/TO/GO, ao longo dos próximos 35 anos, com a Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT), em cerimônia realizada na sexta-feira (1), em Anápolis (GO).
Em entrevista exclusiva à agência CMA, o presidente da CVC, Leonel Andrade, disse que “pior já passou” e prevê que nos próximos meses, os números voltem ao patamar do mesmo período de 2019 (pré-pandemia) e possam até superá-lo, devido a demanda reprimida de quem precisou cancelar a viagens no ano passado e promoções de pacotes para destinos famosos.