São Paulo – A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) cortou a previsão para demanda global por petróleo para este ano, projetando agora que deve aumentar em 5,8 milhões de barris por dia (bpd), de 5,96 milhões de bpd na avaliação do mês anterior.
Segundo o cartel, a revisão para baixo em 2021 é impulsionada principalmente por dados reais abaixo do esperado para os primeiros três trimestres deste ano, apesar das premissas de demanda de petróleo saudáveis no último trimestre do ano, que serão apoiadas por aumento sazonal na demanda petroquímica e de combustível de aquecimento e a possível mudança de gás natural para produtos de petróleo devido aos altos preços do gás.
Para 2022, o crescimento da demanda mundial de petróleo permaneceu inalterado em 4,2 milhões de bpd.
“Como resultado, a demanda global no próximo ano deve atingir uma média de 100,8 milhões de bpd. Prevê-se que a demanda será apoiada por um bom momento econômico nos principais países consumidores e uma melhor gestão da pandemia de covid-19”, diz o relatório.
Do lado da oferta, a Opep revisou a projeção para baixo em 300 mil bpd em relação à avaliação do mês anterior para agora ficar em um aumento de 700 mil bpd. Segundo o cartel, a revisão foi impulsionada principalmente por um ajuste para baixo no terceiro trimestre deste ano devido a fatores como interrupções de produção no Golfo do México nos Estados Unidos causadas pelo furacão Ida; manutenção no campo de Tengiz, no Cazaquistão; e uma força maior no Canadá no local de areias petrolíferas da Suncor.
“O impacto do furacão levou a uma revisão para baixo no fornecimento de líquidos nos Estados Unidos em 2021, de um crescimento de 100 mil bpd para uma contração de 100 mil bpd. Os principais motores de crescimento para o crescimento da oferta em 2021 continuam sendo Canadá, Rússia, China, Noruega e Brasil”, diz a Opep.
Para 2022, a previsão de crescimento da oferta fora da Opep foi revisada para cima em 100 mil bpd devido à mudança de base para agora ficar em 3 milhões de bpd.
