Mercado reduz previsão de déficit primário em 2021 e 2022

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São Paulo – Analistas do mercado financeiro reduziram a previsão para o déficit primário do governo central – que reúne o Tesouro Nacional, a Previdência Social e o Banco Central – em 2021 e 2022, refletindo revisões para cima nas estimativas de arrecadação e receita líquida mais acentuadas do que nas projeções para as despesas públicas, segundo dados divulgados pelo Ministério da Economia no relatório Prisma Fiscal.
De acordo com os dados, a previsão para o déficit primário deste ano caiu 4,5% em outubro ante setembro, para R$ 129 bilhões, enquanto para o ano que houve queda de 7,7% na estimativa do saldo negativo, para R$ 83,1 bilhões.
A previsão para o déficit nominal, porém, aumentou – em 0,9% neste ano, a R$ 459,4 bilhões, e em 7,0% no ano que vem, a R$ 500 bilhões. Diferentemente do resultado primário, o nominal leva em consideração as despesas do governo com o custeio da dívida pública.
A projeção para a arrecadação em 2021 cresceu 1,28%, a R$ 1,826 trilhão, enquanto a expectativa para a receita líquida do governo no mesmo período subiu 1,3%, para R$ 1,508 trilhão. As despesas de 2021 foram estimadas em R$ 1,642 trilhão, o que representa aumento de 0,1% em relação ao previsto em setembro.
Para 2022, a projeção de arrecadação subiu 1,3%, para R$ 1,930 trilhão, enquanto a estimativa de receita líquida aumentou 0,8%, para R$ 1,591 trilhão. A projeção para as despesas do governo central em 2022 teve alta de 0,2%, a R$ 1,660 trilhão.