São Paulo – O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) caiu 0,31% em outubro, desacelerando-se em relação à queda de 0,37% registrada em setembro, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com isso, o IGP-10 acumula altas de 16,08% no ano e de 22,53% em 12 meses, até este mês.
Entre os componentes do indicador, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) continuou perdendo força e caiu 0,77% em outubro, depois de ter caído 0,76% em setembro. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) manteve o ritmo de alta e subiu 1,26% neste mês, de +0,93% no mês passado, enquanto o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) passou de +0,43% para +0,53%, no mesmo período.
Nos estágios do IPA, os bens finais desaceleraram o ritmo de alta e subiram 2,13% em setembro, de +1,10 em outubro, sendo que a maior contribuição veio do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de +2,61% para +1,28%. Os bens intermediários aceleraram, passando de 1,83% no mês passado para +1,91% neste mês. A principal contribuição veio do subgrupo combustíveis e lubrificantes para produção, cuja taxa passou de +0,14% para +3,62%. Já as matérias-primas brutas desaceleraram a queda de 5,01% em setembro para -4,62% no período.
Entre os itens de origem, ainda no âmbito do IPA, o minério de ferro desacelerou a queda de 22,17 em setembro para -19,46% em outubro, enquanto a cana-de-açúcar subiu de 1,17% para 1,36% na mesma base de comparação.
“O preço do minério de ferro registrou nova queda (-19,46%) e, mais uma vez, manteve a taxa do IGP-10 em terreno negativo. Milho (-4,99%) e bovinos (-4,11%) também registraram taxas negativas o que contribuiu para o arrefecimento das pressões inflacionárias ao produtor”, explicou o coordenador dos Indices de Preços, André Braz. “Já os preços ao consumidor seguem sob forte influência dos aumentos registrados para energia elétrica e combustíveis”, complementa Braz.
Já no âmbito do IPC, seis oito classes de despesa registraram acréscimo nas taxas de variação de preços em base mensal, com destaque para os movimentos nos preços de educação, leitura e recreação (de +1,34% para +3,50%), habitação (de +1,33 para +1,67%), transportes (de +0,97% para +1,23%) e comunicação (de +0,12% para +0,35%).
Entre os componentes do INCC, o índice relativo a materiais e equipamentos manteve o ritmo de alta de setembro, ficando em +0,82% em outubro, enquanto o índice de serviços passou de +0,49% para +0,42% e o índice do custo da mão de obra desacelerou a +0,29%, de +0,08% antes.