São Paulo – A Petrobras divulgou um esclarecimento na Comissão de Valores Mobiliários a respeito de notícias que indicam um possível desabastecimento e cortes nos pedidos de combustíveis.
Segundo a estatal, a operação em seu parque de refino, no primeiro semestre deste ano, teve um fator de utilização (FUT) de 79%, em linha com a média de 2020 e superior ao registrado em 2019 (77%) e 2018 (76%), mesmo considerando as paradas programadas nas refinarias REDUC, RPBC, REGAP, RLAM, REPAR E REVAP, que foram postergadas de 2020 para 2021 em função da pandemia. No acumulado de outubro de 2021, a Petrobras está operando com FUT de 90%.
“Vale ressaltar que nos últimos anos a Petrobras realizou investimentos em seu parque para aumentar a capacidade de processar economicamente o petróleo bruto brasileiro mais pesado, melhorar a qualidade do derivado para atender a normas regulamentares mais rígidas, modernizar as refinarias e reduzir o impacto ambiental de suas operações de refino”, disse a estatal.
A Petrobras também explica que, nos últimos anos, o mercado brasileiro de diesel foi abastecido tanto por sua produção, quanto por importações realizadas por distribuidoras e terceiros, que garantiram o atendimento integral da demanda doméstica.
Para o mês de novembro, a Petrobras diz que recebeu pedidos muito acima dos meses anteriores e de sua capacidade de produção e que apenas com muita antecedência conseguiria se programar para atender essa demanda atípica.
A estatal afirma que, na comparação com novembro de 2019, a demanda dos distribuidores por diesel aumentou 20% e a por gasolina 10%, representando mais de 100% do mercado brasileiro.
“A Petrobras segue atendendo os contratos com as distribuidoras, de acordo com os termos, prazos vigentes e sua capacidade. Além disso, a Companhia está maximizando sua produção e entregas, operando com elevada utilização de suas refinarias”, finalizou.