Taxa de juros sobe 0,5 pp em setembro ante agosto, a 21,6%, diz BC

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Brasília – A taxa média de juros no sistema financeiro brasileiro atingiu 21,6% em setembro, subindo 0,5 ponto porcentual (pp) em setembro ante agosto e aumentando 3,5 pp em relação a setembro do ano anterior, de acordo com dados do Banco Central (BC).
Para pessoas físicas, a taxa de juros chegou a 25,8%, aumentando 0,5 pp na comparação com agosto e subindo 2,3 pp ante setembro do ano passado. Entre as pessoas jurídicas, a taxa atingiu 14,9% (+0,5 pp no mês; +4,9 pp no ano).
O spread bancário, diferença entre o que os bancos pagam para obter o dinheiro e os juros cobrados dos tomadores finais do crédito, atingiu 14,5 pp em setembro, ficando estável em setembro ante agosto e crescendo 0,2 pp em relação a setembro do ano anterior.
Entre as pessoas físicas, o spread bancário chegou a 19,1 pp, caindo 0,1 pp na comparação com agosto e caindo 0,7 pp ante setembro do ano passado. Entre as pessoas jurídicas o spread atingiu 7 pp (estável no mês; +1 pp no ano).
O estoque de operações de crédito no Brasil atingiu R$ 4,429 trilhões em setembro, o que representa alta de 2% na comparação com agosto e crescimento de 16% ante setembro do ano anterior, de acordo com dados do Banco Central (BC). A concessão de crédito somou R$ 445 bilhões em setembro, com alta de 2,9% em base mensal e crescimento de 13,7% ante setembro de 2020.
O saldo das operações de crédito para pessoas físicas foi de R$ 2,535 trilhões em setembro, alta de 1,9% na comparação com agosto e crescimento de 19,4% ante setembro do ano anterior, enquanto o saldo das operações para pessoas jurídicas foi de R$ 1,894 trilhão em setembro, subindo 2,3% na comparação mensal e crescendo 11,6% em termos anuais.
A taxa de inadimplência atingiu 2,3% do saldo total das operações de crédito, ficando inalterada na comparação com agosto e caindo 0,1 pp ante setembro do ano anterior. Entre as pessoas físicas, a taxa atingiu 3% (+0,1 pp no mês; -0,1 pp no ano), enquanto entre as pessoas jurídicas a inadimplência atingiu 1,4% (-0,1 pp no mês; -0,1 pp no ano).
Considerando apenas os chamados recursos livres, que não estão atrelados a programas específicos, o saldo das operações de crédito atingiu R$ 2,599 trilhões em setembro, o que representa alta de 2,4% na comparação com agosto e crescimento de 18,5% ante setembro do ano passado, enquanto a concessão de crédito somou R$ 388 bilhões em setembro, com alta de 3,2% em base mensal e crescimento de 12,9% ante setembro de 2020.
Entre os recursos direcionados, que estão atrelados a programas específicos, o saldo das operações de crédito atingiu R$ 1,83 trilhão em setembro, o que representa alta de 1,5% na comparação com agosto e crescimento de 12,6% ante setembro do ano passado, enquanto a concessão de crédito somou R$ 58 bilhões em setembro, com alta de 1,3% em base mensal e crescimento de 20,1% ante setembro de 2020.