São Paulo – O BTG Pactual disse que espera um crescimento menor no crédito no quarto trimestre de 2021 por conta de uma sazonalidade e que não espera ter um crescimento do portfólio em 2022 tão forte como neste ano, disseram os executivos, na teleconferência de resultados do terceiro trimestre.
“Existe uma volatilidade no mercado e, num primeiro momento, o fluxo deve diminuir, mas depois normalizar, com clientes buscando plataformas diferenciadas e especializadas”, comentou João Marcello Dantas, diretor executivo do BTG Pactual.
“Esperamos um crescimento menor do portfólio de crédito devido a uma sazonalidade observada no trimestre”, disse o CEO do BTG Roberto Sallouti.
A receita total do BTG Pactual no terceiro trimestre de 2021 foi de R$ 3,8 bilhões, impulsionada por expansão de franquias de clientes e diversificação de resultados, sendo o maior resultado da área de Sales & Trading (R$1,3 bi, alta de 46% em relação ao 3T20), seguido por Investment Banking (R$ 727 mi, +81%). O maior crescimento foi da área de Interest & Other, de 430%, para R$ 244 milhões.
O negócio de Investment Banking vem crescendo muito nos últimos três anos, especialmente em M&A e DCM (distribuição no exterior de títulos de dívida brasileiros), estamos bastante satisfeitos com a performance”, disse . A área cresceu 81% na comparação entre o terceiro trimestre de 2021 com o mesmo período de 2020, com receita de R$ 727 milhões.
“Os brasileiros (que contratam o BTG) buscam o melhor serviço, o melhor assessoramento. A longo prazo você maximiza o retorno do seu cliente. Somos o banco mais completo para o varejo de alta renda”, disse Dantas.
A área de Sales & Trading foi influenciada positivamente pelo forte desempenho da mesa de energia, aumento das atividades de clientes e contribuição da venda da CredPago (no trimestre, a companhia reconheceu R$ 520 milhões do valor total de R$ 1,4 bilhão).
Em Asset Management, o banco destacou a captação líquida de R$ 50 bilhões no terceiro trimestre (e R$ 137 bilhões no acumulado do ano) e o lançamento do fundo “Reforestation Fund” com o objetivo de captar US$ 1 bilhão para financiar projetos de reflorestamento (50% nativo e 50% com madeira comercial) no Brasil, Uruguai, Chile. “Esse é um negócio que não geraria retorno, mas, adicionando o retorno dos créditos de carbono, traz bons retornos financeiros e podem gerar forte impacto para o meio ambiente”.
O Eneva e o Prime Oil são investimentos reconhecidos com valor patrimonial e com conservadorismo em relação ao preço de mercado, comentou a companhia.