São Paulo – A taxa de inflação na zona do euro este ano deve crescer 2,4%, de acordo com as projeções econômicas trimestrais divulgadas pela Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (UE), uma revisão para cima após a previsão anterior, divulgada em julho, mostrar alta de 1,9%.
Para 2022, a previsão passou de 1,4% para 2,2%, e para 2023 a estimativa é de 1,4%. Na UE, a inflação deve estar um degrau mais alto, de 2,6% em 2021, 2,5% em 2022 e 1,6% em 2023. Em julho, a projeção era de alta de 2,2% para 2021 e de 1,6% para 2022.
“Após vários anos de baixa inflação, a forte retomada da atividade econômica tem sido acompanhada por uma aceleração das pressões inflacionárias, que excedeu as expectativas”, diz a UE. O índice de preços ao consumidor dos países que compõem a zona do euro subiu 4,1% em outubro na comparação com o mesmo período de 2020, após a alta de 3,4% de setembro.
“Esse aumento rápido reflete, em grande medida, fortes efeitos de base, com fatores de preços puxados para baixo durante a pandemia de 2020 deixando de desempenhar um papel este ano. Nos últimos meses, aumentos nos preços de energia bem acima dos níveis pré-pandêmicos têm alimentado novas pressões inflacionárias e aumentos de preços tornaram-se amplas, também sob o impacto de interrupções no fornecimento”.
Como um resultado, o núcleo da inflação, que exclui os preços de energia e de alimentos não processados atingiu 2,1% em outubro, a taxa mais alta desde 2012. A inflação na área do euro deverá atingir um pico de 3,7% no último trimestre do ano e continuam registrando impressões altas no primeiro semestre de 2022.
Por sua vez, após atingir 2,4% em 2021, a inflação na zona do euro deverá desacelerar para 2,2% em 2022 e 1,4% em 2023. “Os preços da energia estão definidos para nivelarem-se gradualmente a partir do segundo semestre do próximo ano e os desequilíbrios entre a oferta e a demanda resolvem.