OMS classifica nova cepa Ômicron como variante de preocupação

713

São Paulo – A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a nova variante do coronavírus surgida na África do Sul como variante de preocupação (VOC, na sigla em inglês), chamando-a de Ômicron. Ainda não se sabe se ela é evasiva à proteção produzida pelas atuais vacinas contra covid-19.

“Esta variante apresenta um grande número de mutações, algumas das quais preocupantes. A evidência preliminar sugere um risco aumentado de reinfecção com esta variante, em comparação com outras VOCs. O número de casos desta variante parece estar aumentando em quase todas as províncias da África do Sul”, disse a OMS em comunicado.

De acordo com a organização, a variante está sendo detectada em taxas mais rápidas do que as outras cepas, sugerindo que “essa variante pode ter uma vantagem de infecção”.

A nova cepa foi reportada à OMS pela primeira vez no dia 24 de novembro depois que cientistas sul-africanos descobriram que as infecções mais recentes aumentaram de forma acelerada. “Nas últimas semanas, as infecções aumentaram abruptamente, coincidindo com a detecção da variante B.1.1.529. A primeira infecção B.1.1.529 confirmada conhecida foi de uma amostra coletada em 9 de novembro de 2021”, diz a OMS.

A OMS afirmou que uma série de estudos está em andamento para avaliar a variante e informará novas descobertas conforme necessário.

A organização lembrou que é preciso tomar medidas para reduzir o risco de covid-19, como o uso de máscaras bem ajustadas, higiene das mãos, distanciamento físico, melhoria da ventilação de espaços internos, evitando espaços lotados e sendo vacinados.

A OMS tem duas classificações para as variantes de coronavírus: variante de interesse (VOI, na sigla em inglês) e a variante de preocupação (VOC). A primeira apresenta modificações genéticas que podem afetar características do vírus como severidade, transmissibilidade e evasão imunológica e uma infecção em larga escala.

A segunda apresenta todas essas características e possui mudanças ameaçadoras para a epidemiologia da covid-19, aumento na virulência ou na apresentação de sintomas clínicos, diminuição de eficácia das medidas terapêuticas.