Não vejo espera longa entre dos estímulos e aumento de juros, diz Powell

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São Paulo – O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, afirmou que não deve haver uma demora entre a completa redução das compras de ativos e o aumento das taxas básicas de juros.

“Não prevejo que haverá esse tipo de espera muito prolongada neste momento. A economia está muito mais forte”, disse ele quando questionado se o aumento das taxas básicas de juros demorariam depois de reduzidas as aquisições de ativos como aconteceu em 2014.

“A inflação está bem acima da meta e o crescimento está bem acima do potencial. Não haveria necessidade desse tipo de demora. Posto isto, tomaremos essa decisão nas próximas reuniões, e ainda não é uma decisão na qual o Comitê realmente tenha se concentrado”, completou.

De acordo com Powell, o progresso em direção ao pleno emprego tem sido rápido, visto o aumento de salários.

“Apesar dos gargalos de suprimentos que causaram o aumento da inflação no início, vemos que isso pode estar melhorando e prevemos um consumo grande no final do ano”, disse Powell.

De acordo com ele, no entanto, ainda há riscos fortes para a economia. “Um novo surto de infecções causadas por novas variante e ataques cibernéticos são as ameaças de curto-prazo que mais nos preocupamos”, disse ele, reforçando que caos o crescimento seja interrompido, o Fed não hesitará em mudar sua política monetária.

Powell destacou que a redução de compra de ativos interrompe a política acomodatícia, mas não a reverte. “Quando aumentamos os juros, daí sim passamos para uma abordagem mais apertada”, disse ele.