XP vê maior risco de adoção de 'remédios' na venda da Extrafarma

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São Paulo – Os analistas da XP avaliam que o parecer do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre o processo de aquisição da Extrafarma, rede de varejo farmacêutico, da Ultrapar, pela Pague Menos, como “complexo”, é normal em aquisições desse tipo e pode aumentar o risco da recomendação de ‘remédios’ – jargão que se refere à
adoção de medidas indicadas pelo órgão antitruste para reduzir riscos concorrenciais decorrentes da operação.
Na última sexta-feira (11), a Ultrapar divulgou nota afirmando que a superintendência-geral do Cade considerou “complexo” o processo de aquisição. No comunicado, a Ultrapar disse que a “declaração de complexidade é uma etapa regular dentro do rito ordinário para atos de concentração cuja análise pelo Cade necessita de aprofundamento”. O parecer
final deve levar de 60 a 90 dias.
Segundo a XP, outras aquisições, como a Hapvida e Notre Dame; Ambev e Red Bull e venda da Oi Móvel, também passaram por um processo semelhante e acabaram se concretizando. Apenas outra operação envolvendo a Ultrapar, a compra da Alesat, foi reprovado pelo órgão em 2017.
Diante dos acontecimentos, a corretora afirma que não vê o anúncio como um motivo para preocupação com a aprovação do negócio.