Balança registra superávit comercial de US$ 4,05 bi em fevereiro

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Brasília, 3 de março de 2022 – A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 4,05 bilhões em fevereiro, resultado de exportações de US$ 22,913 bilhões e importações de US$ 18,864 bilhões. A corrente de comércio ficou em US$ 41,78 bilhões. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Economia. No acumulado do ano, o déficit é de US$ 3,835 bilhões.
 
Em Fevereiro/2022, comparado a igual mês do ano anterior, as exportações cresceram 32,6%. As importações cresceram 22,9%. Assim, a balança comercial registrou superávit com crescimento de 108,9%, e a corrente de comércio aumentou 28,0%.
 
No acumulado Janeiro/Fevereiro 2022, em comparação a igual período do ano anterior, as exportações cresceram 29,0% e somaram US$ 42,55 bilhões. As importações cresceram 23,8% e totalizaram US$ 38,71 bilhões. Como consequência destes resultados, a balança comercial apresentou superávit de US$ 3,84 bilhões , com crescimento de 125,4%, e a corrente de comércio registrou aumento de 26,5%, atingindo US$ 81,26 bilhões.

 

     Exportações

 

Em Fevereiro/2022, o desempenho dos setores foi o seguinte: crescimento de 114,2% em Agropecuária, que somou US$ 4,94 bilhões; crescimento de 3,7% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 5,51 bilhões e, por fim, crescimento de 29,0% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 12,36 bilhões. A combinação destes resultados levou ao aumento do total das exportações.
 
A expansão das exportações foi puxada, principalmente, pelo crescimento nas vendas dos seguintes produtos: Trigo e centeio, não moídos (874,7%), Café não torrado (89,7%) e Soja ( 187,5%) na Agropecuária; Outros minerais em bruto (114,1%), Minérios de cobre e seus concentrados ( 19,0%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (74,2%) na Indústria Extrativa ; Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (81,8%), Farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (40,5%) e Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (290,1%) na Indústria de Transformação.
 
Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos registraram diminuição nas vendas: Produtos hortícolas, frescos ou refrigerados (-52,5%), Mel natural (-16,0%) e Algodão em bruto (-19,5%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados (-43,9%), Minérios de alumínio e seus concentrados (-88,4%) e Outros minérios e concentrados dos metais de base ( -1,9%) na Indústria Extrativa ; Carne suína fresca, refrigerada ou congelada (-24,6%), Aeronaves e outros equipamentos, incluindo suas partes (-53,9%) e Ouro, não monetário (excluindo minérios de ouro e seus concentrados) (-17,7%) na Indústria de Transformação.

No acumulado Janeiro/Fevereiro 2022, em comparação com igual período do ano anterior, os resultados por setores foram os seguintes: crescimento de 106,4% em Agropecuária, que somou US$ 8,27 bilhões; queda de -7,1% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 9,56 bilhões e, por fim, crescimento de 32,4% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 24,51 bilhões. A associação destes resultados levou ao aumento do total das exportações.
 
Esta conjuntura de crescimento nas exportações foi influenciada pelo crescimento das vendas nos seguintes produtos: Trigo e centeio, não moídos (276,6%), Café não torrado (60,5%) e Soja (293,1%) na Agropecuária; Pedra, areia e cascalho (48,5%), Outros minerais em bruto (46,2%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (50,1%) na Indústria Extrativa ; Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (62,1%), Farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (39,2%) e Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (176,7%) na Indústria de Transformação.
 
Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Produtos hortícolas, frescos ou refrigerados (-21,7%), Mel natural (-31,6%) e Algodão em bruto (-17%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados (-40,5%), Minérios de cobre e seus concentrados (-32,8%) e Outros minérios e concentrados dos metais de base (-35,8%) na Indústria Extrativa ; Açúcares e melaços (-8%), Aeronaves e outros equipamentos, incluindo suas partes (-57,4%) e Ouro, não monetário (excluindo minérios de ouro e seus concentrados) (-15,5%) na Indústria de Transformação.

 

     Importações

 
Em Fevereiro/2022, o desempenho das importações por setor de atividade econômica foi o seguinte: queda de -2,7% em Agropecuária, que somou US$ 0,39 bilhões; crescimento de 142,3% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 1,90 bilhões e, por fim, crescimento de 19,3% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 16,40 bilhões. A combinação destes resultados motivou ao aumento das importações.
 
O movimento de crescimento nas importações foi influenciado pela ampliação das compras dos seguintes produtos: Pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (32,9%), Trigo e centeio, não moídos ( 19,8%) e Cevada, não moída (620,0%) na Agropecuária; Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (130,4%), Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (109,6%) e Gás natural, liquefeito ou não (280,3%) na Indústria Extrativa ; Compostos organo-inorgânicos, compostos heterocíclicos, ácidos nucléicos e seus sais, e sulfonamidas (64,5%), Adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) (112,6%) e Válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores (58,3%) na Indústria de Transformação.
 
Ainda que o resultado das importações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Arroz com casca, paddy ou em bruto (-84,2%), Milho não moído, exceto milho doce (-78%) e Cacau em bruto ou torrado (-100%) na Agropecuária; Fertilizantes brutos (exceto adubos) (-41,5%), Minérios de cobre e seus concentrados (-44,0%) e Outros minérios e concentrados dos metais de base ( -8,8%) na Indústria Extrativa ; Polímeros de cloreto de vinila ou de outras olefinas halogenadas, em formas primárias (-50,2%), Equipamentos de telecomunicações, incluindo peças e acessórios (-16,7%) e Partes e acessórios dos veículos automotivos (-12,6%) na Indústria de Transformação.

No acumulado Janeiro/Fevereiro 2022, quando comparado com o mesmo período do ano anterior, os resultados por setores foram os seguintes: queda de -9,4% em Agropecuária, que somou US$ 0,76 bilhões; expansão de 220,0% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 4,34 bilhões e crescimento de 17,0% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 33,08 bilhões. A combinação destes resultados levou ao aumento do total das importações.
 
Esta conjuntura de crescimento nas importações foi influenciada pelo crescimento das compras dos seguintes produtos: Pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (42,5%), Cevada, não moída (111,5%) e Látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (44,7%) na Agropecuária; Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (213,7%), Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (205%) e Gás natural, liquefeito ou não (386,1%) na Indústria Extrativa ; Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (38,8%), Adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) (92,6%) e Válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores (51,9%) na Indústria de Transformação.
 
Ainda que o resultado das importações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Milho não moído, exceto milho doce (-50,9%), Cacau em bruto ou torrado (-100%) e Soja (-56,9%) na Agropecuária; Pedra, areia e cascalho (-23,7%), Minérios de cobre e seus concentrados (-70,8%) e Minérios de alumínio e seus concentrados (-82,9%) na Indústria Extrativa ; Polímeros de cloreto de vinila ou de outras olefinas halogenadas, em formas primárias (-43,9%), Equipamentos de telecomunicações, incluindo peças e acessórios (-8,7%) e Plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes (-88,9%) na Indústria de Transformação.