Bolsonaro defende revisão de política de preços de combustíveis

789

Brasília – Diante da alta do petróleo no mundo, o presidente Jair Bolsonaro defendeu a revisão da política de preços adotada pela Petrobras desde outubro de 2016. Tem uma legislação errada feita lá atrás que é a paridade ao preço internacional. Ou seja, o que é tirado do petróleo leva-se em conta o preço fora do Brasil. Isso não pode continuar acontecendo”, afirmou Bolsonaro.
Bolsonaro disse que, na tarde desta segunda-feira, deve comandar uma reunião com os ministérios da Economia e de Minas e Energia e a Petrobras para tratar do assunto. Segundo Bolsonaro, o governo vai buscar, “forma bastante responsável”, uma solução para evitar o repasse do aumento do petróleo para os preços dos combustíveis no Brasil.
“Estamos vendo isso aí, sem nenhum sobressalto no mercado. Vai ser tratado hoje à tarde em mais uma reunião para buscar solução. A vantagem é que, nas nossas reuniões, buscamos soluções, não empurramos com a barriga o problema”, completou.
Segundo Bolsonaro, muitas realizações do governo federal “ficaram para trás” devido à pandemia da Covid-19 e agora surge a alta dos preços do petróleo. Para o presidente, o aumento dos preços do petróleo é “atípico e anormal”, mas “não vai impactar no bolso do brasileiro”, porque o governo federal vai tomar medidas.
“Parece que estamos voltando a normalidade agora em relação ao Convid. Aparece a questão do petróleo que é grave, mas dá para resolver, no meu entender”, afirmou. Conforme Bolsonaro, o barril do petróleo saiu da casa dos US$ 80 para US$ 120.
“Se for repassar isso tudo para os preços dos combustíveis, você terá que dar um aumento de 50%. É algo que não podemos fazer”, afirmou em entrevista à Rádio Folha de Roraima. “A população não aguenta uma alta desse percentual aqui no Brasil”, completou.