Energisa tem lucro de R$ 582,6 milhões no 4° trimestre de 2021

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São Paulo – A Energisa teve lucro líquido de R$ 582,6 milhões no quarto trimestre de 2021. O valor é 203,4% maior que no mesmo período de 2020, com R$ 192 milhões. No acumulado do ano, a Energisa somou R$ 3,06 bilhões, alta de 90,9% em comparação a R$ 1,60 bilhão de 2020.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ficou em R$ 1,746 bilhão, avanço de 55,9% se comparado com os R$ 1,120 bilhão do mesmo trimestre de 2020.
No acumulado de 2021, o Ebitda ficou em R$ 6,19 bilhões, contra R$ 3,93 bilhões de 2020, alta de 57,5%. O Ebitda ajustado teve alta de 51,3%, na base trimestral, para R$ 1,85 bilhão; e 54,1% no acumulado dos 12 meses, para R$ 6,64 bilhões, contra R$ 4,31 bilhões.
A empresa apontou que esses valores foram influenciados pela atualização financeira do VNR, pela marcação a mercado do portfólio da Energisa Comercializadora, com efeito positivo de R$ 17,4 milhões, o impacto de R$ 95 milhões referentes à constituição Fundo de Investimento em Cotas em Direitos Creditórios não padronizados (FIDC), de contas a receber de difícil recebimento e adoção do IFRS 15 no segmento de transmissão com reconhecimento de Ativo de Contrato de R$ 177,5 milhões, contra R$ 217,1 milhões no mesmo período do ano anterior.
O endividamento líquido subiu 12,4%, chegando a R$ 15,2 bilhões. A relação dívida líquida por EBITDA Ajustado passou de 2,4 vezes em setembro para 2,3 vezes em dezembro de 2021.
CONSUMO
O número de consumidores totais teve um leve aumento, de 2,0%, para 8,216 milhões, enquanto a energia vendida no mercado cativo caiu 5,7%, para 7.715,6 gigawatts.
Na Classe industrial (20,2% do mercado total cativo + livre) houve incremento de 0,7% (13,5 GWh) no consumo. Na Classe comercial (18,5% do mercado total cativo + livre): redução de 1,0% (17,5 GWh). Na Classe residencial (38,7% do mercado total cativo + livre): redução de 5,3% (206,9 GWh). Na Classe rural (10,1% do mercado total cativo + livre): redução de 8,4% (89,6 GWh). Demais classes (12,5% do mercado total cativo + livre): avançaram 4,2% (48,3 GWh).
CUSTOS
Na gestão de custos operacionais controláveis, fomos desafiados pela elevação da inflação de materiais, interrupções na cadeia logística e custos de pessoal. O impacto nos materiais foi de 27,9% em relação ao ano anterior, provocado pela elevação generalizada de custos de combustíveis (41%), de materiais usados em construção e manutenção de redes (17,2%), de equipamentos e serviços de TI e Telecom (29,1%) e de pessoal próprio (11,4%).
No consolidado, o PMSO da companhia variou 11,2%, frente à inflação medida pelo IPCA de 10,06% em 2021. Já ao avaliar o período desde dezembro de 2019, os custos controláveis da companhia se mantiveram bem-comportados, com variação acumulada de -1,0%.
INVESTIMENTOS
Os investimentos consolidados somaram R$ 1, 15 bilhão, aumento de 71% (R$ 481,0 milhões) em relação ao mesmo período ano anterior. Os investimentos de R$ 4,19 bilhões representaram incremento de 55% em relação à 2020. Em 2022, a previsão é de investimentos recorde no valor de R$ 5,59 bilhões.
No relatório, a empresa diz que até 2026 deseja diversificar os negócios, diminuindo a participação relativa do segmento de distribuição e ampliando as demais áreas para até 25% do EBITDA consolidado. “Neste sentido, avançamos em geração distribuída através da subsidiaria Alsol Energia Renováveis, com investimentos da ordem de R$ 191 milhões em 15 novas usinas fotovoltaicas, com capacidade instalada de 60 MWp, em 2021, e 78 MWp até março de 2022”, detalhou a companhia.